Com muito em comum ao Volkswagen, o pequeno Audi pode substituir A3 e Q3 na fábrica paranaense
Alemã Audi apresentou segunda geração de seu hatch de entrada, o A1. Não se perdeu na proposta de mudar tudo, a partir do fato de utilizar nova plataforma. Frente e laterais mantêm a identidade estética sobre a nova base, dita MQB, mesma do Polo. A arquitetura mecânica, a ossatura eletrônica comum baixando o preço em escala, conterá seu preço para garantir muitos lugares no mercado. Não é sonho de noite de verão da Alemanha, mas a junção da necessidade política, industrial, financeira.
Como é
O compacto tem aproximados 4 m de comprimento. Nova por baixo e por cima – plataforma e carroceria -, a geração passou por bom trabalho estético, com linhas mostrando evolução, solidamente ligadas ao modelo anterior, produto circulando em 700 mil unidades. Para caracterizar evolução para o novo produto, eliminou o arco entre as colunas A e C, optando por alargar a última, pegando carona uma das sólidas marcas visuais dos 30 anos de sucesso do primo Golf.
Arquitetura mecânica comum, motores EA 211 de três cilindros, 1,0 e 1,5 – este evolução do 1,4 feito em São Carlos, SP -, ambos TSI, turbo com injeção direta. Na Europa há versão mais espirituosa com motor 2,0-litros de 200 cv, mas aqui isto tende apenas a ser série especial. Transmissão S-Tronic, dupla embreagem, sete marchas.
Quando? Depende. Aposte no projeto atrelado à definição formal do projeto industrial para automóveis no Brasil, a essência do micado projeto Rota 2030. O governo federal não tem caixa ou força política para bancar sua aprovação, e enquanto não mudar o governo – ou o caminho legal -, os investimentos ficam em banho-maria. Os modelos atuais fabricados aqui, A3 e Q3, voltarão a ser importados.
Chevrolet Spin, menos capivara
Arquitetura mecânica, como o carro, dará mais uma volta à beira do telhado – a família está em fim de vida. Em termos de segurança, permanece sem controle eletrônico de estabilidade. Boa iniciativa, retirou o estepe até então inexplicavelmente pendurado na tampa traseira em sua falsa pretensão de fazer-se visto como SUV.
Roda a Roda
Fogo – Jornal Correio Braziliense publicou quarta-feira, 27, decisões da Fiat: trazer o 500 de volta ao mercado e importar Alfa Romeo da Argentina. Notícia açulou – provocou, instigou, acicatou – os Alfisti, mais sanguíneos participantes do universo automobilístico.
Calma! – Notícia tropeça ao considerar os Alfas como produção argentina e, consultado pela Coluna, fabricante esclareceu não ter havido mudanças desde a publicação, em maio, dos planos da empresa. Os estudos para o 500 e a Alfa são realizados, mas não há decisão. Para a Coluna, se positivos, creia no modelo pequeno para meados de 2019 e nos Alfas para 2020.
Na veia – Chinesa Geely olhou o futuro, tomou coragem, investiu nos EUA para fazer os originalmente suecos Volvos. Na Carolina do Sul, em Charleston, produzirá o sedã S60, médio-grande de comportamento esportivo.
Mercados – Com a decisão de fazer onde vende, conglomerado está nos três maiores mercados do mundo: China, Europa, e agora EUA. Inauguração coincide com estudos do governo norte-americano para sobre taxar todos os veículos e partes importados, elevando preço, diminuindo competitividade.
Óbvio – Alejandro Furas, diretor geral do LatinNCAP, instituto independente autor de testes sobre segurança nos veículos à venda na América do Sul, tem frase candente sobre escolha do próximo carro: é melhor comprar um usado, porém seguro, que um 0-Km com zero estrela.
Procura-se – Volvo cumpre a via dolorosa de fabricantes de veículos no Brasil: não guardam seus produtos e, quando por razões promocionais necessitam de um exemplar, vão ao mercado tentando adquirir unidade gasta. Busca o mais antigo dos caminhões FH, lançado há 25 anos, produto avançado para a época, apresentando a eletrônica embarcada, primeiro passo na revolução tecnológica nestes veículos. Era importado e o sucesso motivou produção local.
0800 – Usualmente neste tipo de busca fabricantes oferecem um veiculo 0-km pelo usado bem cuidado. Mas não parece o caso. Volvo quer localizar caminhão e dono, mas não fala em compensações. Quer ajudar? Os FH chegaram em 1993. Fotos, informações podem auxiliar: https://www.facebook.com/volvocaminhoes.
Conteúdo – Dentro, em peças originais de importador e representante da marca, incluindo motores e caixas de marchas 0-Km, completos, partes para VWs de diversos anos, mecânicas, latas, e até dos primeiros Audi da 2ª série. A fim? http://data.vwheritage.com/_inc/pdf/catalogues/flyer_paraguay.pdf
Futuro – Autódromo Virtual São Paulo e Imab Fechaduras, apropriadamente fecharam patrocínio com Alberto Otazu, estrela em vitórias em provas de kart e fórmulas de base no automobilismo. Tem índice de aproveitamento de 86,6%. Em mais de 30 provas, apenas em quatro não esteve entre os seis primeiros, tendo vencido metade, largado dez vezes na pole position e mesma quantidade de voltas mais rápidas.
Situação – Brasil, hoje ausente da Fórmula 1 após quase 50 anos, colhe resultados da falta de projeto nacional para formar atletas com características para disputas internacionais. Dinheiro oficial não falta. Falta diretriz.
Modalidade – Nesta terra de Bolsa Preso e Presos importantes soltos, nova modalidade de enriquecimento ilícito: sujeito furta carro antigo, localiza o dono, e combina resgate para devolvê-lo. Aconteceu em Canoas, RS, com DKW Vemag 1961 furtado em estacionamento e devolvido num shopping após pagamento.
História – Marcou a vida da companhia, vendeu 1,4 milhão de veículos entre 1968 e 1986; foi o mais econômico dentre os 1,6 Ford no mundo; gerou variáveis como a picape Pampa; jipe abortado como protótipo, o Jampa; e gerou o carro mais pretensioso da história, o Del Rey, para substituir o Landau.
Gente – Roberto Cortes, presidente e CEO da VW Caminhões, premiado. Automotive Business escolheu-o executivo do ano. Razão maior, confiança inabalável, conquistadora de investimentos da matriz na filial brasileira. Crença no futuro fez bancar o primeiro caminhão elétrico desenvolvido no país. / Yong Woo Lee, o William, presidente da Hyundai Brasil, promoção. Será gestor do novo escritório regional da marca nos EUA. / Euihwan Jin, aqui dito Eduardo, transferido. Administrava Hyundai India e será presidente no Brasil. Já trabalhou aqui entre 2010 e 2016. Talvez implante área de comunicação social na Hyundai.
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