Curiosidades: os carros que ninguém esperava

Modelos populares de marcas de luxo, modelos de luxo de marcas populares e outros que causaram surpresa

Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação

 

Quando você pensa em BMW, o pequeno Isetta da foto acima é o carro que vem a sua mente? E quando lhe falam em Mercedes-Benz, o modelo lembrado tem motor traseiro? Um jipe seria seu exemplo de Alfa Romeo?

Muitos fabricantes fizeram sua fama com um tipo de automóvel. Fala-se em Lamborghini e você pensa em esportivo, enquanto Cadillac sugere um carro grande e luxuoso, e Volkswagen, um simples e prático. Mas às vezes as marcas buscam novos segmentos ou, por algum motivo, lançam carros que não combinam com sua imagem. Conheça alguns exemplos. Se preferir, assista ao vídeo com o mesmo conteúdo e mais imagens.

 

 

Alfa Romeo Matta

A Alfa Romeo define-se como a marca do cuore, ou coração, esportivo. O que isso tem a ver com um jipe? Nada, mas o AR/51 ou Matta foi feito nos anos 50 para atender a uma concorrência do governo italiano. O motor de 1,9 litro tinha até duplo comando. Pouco mais de 100 foram vendidos ao público.

 

 

Aston Martin Cygnet

Esportivos de luxo são a especialidade da inglesa Aston Martin. Então surgiu o Cygnet, em 2011. Essa variação do Toyota IQ só existiu para melhorar a média de emissões de CO2, ou gás carbônico, pelos carros da marca. O público não o aceitou e ele saiu de linha em dois anos.

 

BMW Isetta

Conhece esse carrinho? No Brasil era o Romi-Isetta, mas foi projetado pela Iso italiana e adotado pela BMW. Foi sua salvação: na Europa do pós-guerra, ter um modelo pequeno, barato e econômico foi essencial para a marca de carros de luxo sair da crise.

 

 

Buick Reatta

Desde os anos 40 a Buick não oferecia um carro só com dois lugares. O cupê de luxo Reatta apareceu em 1988, com direito a painel digital e tela sensível ao toque para comandar funções. O mercado não se interessou e ele só durou três anos.

 

Cadillac Cimarron

Durante décadas, a Cadillac produziu carros enormes com até 16 cilindros. Mas a crise do petróleo e os limites de consumo mudaram seu perfil: em 1981 nascia o Cimarron, do mesmo projeto que rendeu o Chevrolet Monza brasileiro. Pequeno e pouco potente para os padrões da marca, ele vendeu pouco.

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Lamborghini LM002

Lamborghinis sempre foram carros esporte até aparecer o LM002. O superjipe com motor V12 de Countach surgiu de um projeto militar, que não foi aceito e acabou se voltando ao uso em rua. Pouco mais de 300 foram feitos, mas hoje temos o Urus com uma proposta semelhante.

 

Mercedes-Benz 130, 150 e 170H

Carros luxuosos foram a tônica da Mercedes-Benz desde o início, mas na década de 1930 ela apostou em modelos pequenos com motor traseiro, quase um Fusca da estrela. O 130 (acima), o 150 e o 170 H eram simples, pouco potentes e nem a grade tradicional tinham.

 

 

Mercedes-Benz Classe A

Outro Mercedes que quebrou paradigmas foi o Classe A, em 1997: curto, alto, com jeito de minivan e tração dianteira. A proposta fez seus adeptos, mas o sucesso mesmo veio quando ele se tornou um hatch de altura normal, na terceira geração.

 

Peugeot P4

Parece um Mercedes Classe G, mas é um Peugeot. Na verdade, o P4 é as duas coisas, pois os franceses o fizeram nos anos 80 com base no jipe dos alemães, usando motor Peugeot, para atender ao exército local.

 

Rolls-Royce Cullinan

Assim como a Bentley com o Bentayga, a Rolls-Royce rompeu tradições com seu utilitário esporte, o Cullinan. Afinal, a marca era tão associada a automóveis que o apelido de “Rolls-Royce dos 4×4” sempre foi dado ao Range Rover, com o qual ele agora concorre.

 

 

Saab 9-7X

Por definição, os suecos da Saab eram automóveis de tração dianteira, estáveis e de bom desempenho. O 9-7X de 2004 mudou tudo: um grande SUV de seis e oito cilindros e tração integral, derivado do Chevrolet Trailblazer da época. Foi vendido basicamente na América do Norte.

 

Toyota 2000 GT

Durante muito tempo, “emoção” e “carro japonês” não eram escritos na mesma frase. Quem mudou isso foi o Toyota 2000 GT de 1967, o primeiro supercarro nipônico. Andava bem com 150 cv, tinha muito estilo e foi usado até em filme de James Bond.

 

VW Phaeton

Volkswagen em alemão é “carro do povo”, e foi o que a empresa mais ofereceu desde o Fusca. Os planos de elevar a imagem da marca, porém, levaram ao Phaeton de 2002, concorrente do Mercedes Classe S. Ele tinha até um peculiar motor de 12 cilindros em W. Poucos quiseram pagar tanto por um carro sem marca de luxo, e nos Estados Unidos o Phaeton logo saiu de cena.

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