A Porsche pós-959
O carro foi um imenso sucesso de crítica, e as 230 unidades fabricadas hoje trocam de mãos por quantias
inimagináveis. Mas o que realmente importa não é o carro em si, e sim as mudanças que causou em seu fabricante.
A Porsche foi aos poucos abandonando os motores
dianteiros. Vendeu o 928, o 924 e suas evoluções 944 e 968 apenas enquanto houve demanda. Já o 911 foi desenvolvido até chegar ao carro atual, todo novo, mas conceitualmente parecido, em 1997.
O que espanta é que a marca não tenha se empenhado em desenvolver um real substituto do 911, como este foi em relação ao 356 de quatro cilindros.
Quando o 911 foi lançado, em 1964, todos se espantavam com seu
seis-cilindros opostos e muitos diziam que um motor tão potente,
"pendurado" na traseira, não poderia dar certo -- mas deu. O substituto do
911 deveria evoluir este conceito, hoje usado somente pela empresa de
Zuffenhausen, talvez com um oito-cilindros opostos. Mas o lançamento
do utilitário-esporte Cayenne, com um V8, revela que os planos da
marca podem ser outros.
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