Nessa época as poucas limusines que rodavam no País eram de origem estrangeira, a maioria de procedência norte-americana, como Cadillac e Lincoln. Foi nesse cenário que o então presidente da Willys do Brasil, Edgar Kaiser, lançou o desafio de produzir um carro que se fosse construído em pequena escala e usado por autoridades e empresários abonados, o que traria mais prestigio à marca. |
![]() A limusine Executivo,
construída em parceria com a Karmann-Ghia, media 5,52
metros e Usando como base o
Itamaraty, a Willys fez algumas modificações na
carroceria. Em parceria com a Karmann-Ghia, foram feitas
mudanças estruturais que consistiam na inclusão de
alguns centímetros entre as portas dianteiras e
traseiras e também no porta-malas. Vale salientar que
parte do ganho de espaço foi obtido graças à limitação
de ajuste do banco do motorista, já que seria ocupado
por um chofer e não pelo proprietário do carro. |
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O Itamaraty sofria a concorrência interna do Galaxie em 1971, quando a Ford tirou de linha esta versão de luxo e... |
Para a versão Especial,
que incluía todos esses requintes, era oferecido um toca-fitas
de cartucho Clarion com espaço para guardar fitas,
controles de luzes internas e acendedor de cigarros, além
de um inusitado barbeador elétrico Remington Roll-a-Matic.
Essa versão só podia transportar quatro passageiros,
pois o banco traseiro era separado por um console fixo,
onde se alojava um gravador da marca Sony. O acabamento, sempre em couro, era oferecido nas cores havana, preto, cinza e branco. A maioria dos modelos saiu de fábrica na cor havana na parte dos passageiros e preta na do motorista. Já a versão básica seguia o padrão de acabamento do Itamaraty, com costuras verticais. Para deixar o carro com ar mais exclusivo, era colocadas nas soleiras das portas duas pequenas placas com os dizeres: "carroceria Karmann-Ghia" e "feito especialmente para...", com o nome do proprietário. |
...o Aero-Willys. O motor de 3,0 litros, porém, seria usado dois anos depois no Maverick | ![]() |
A primeira entrega se deu
ao presidente da República, o marechal Humberto de
Alencar Castello Branco, um modelo Especial. Esse automóvel
vinha de fabrica com rádio-transmissor colocado no porta-malas,
mastro para bandeiras nos pára-lamas dianteiros e brasões
da República nas colunas, além de um televisor e de um
velocímetro no console central traseiro. Ao todo foram fabricadas 27 limusines, sendo dois protótipos, 19 modelos básicos e seis do Especial, a maioria na cor preta. Desse total, a maior parte foi vendida a governantes do País e o restante a empresários. Hoje em dia o Itamaraty Executivo é difícil de encontrar, e os poucos que restam encontram-se nas mãos de colecionadores e em alguns museus. Com todos esses atributos, definitivamente, ele figura entre os maiores clássicos brasileiros. |
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