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Carros do Passado

Tudo isso em um envelope sedutor: Pininfarina estava com rara inspiração ao desenhar esse clássico, que transmitia aerodinâmica e agressividade com seu perfil baixo e alongado -- características acentuadas pelo emprego da cor preta no segmento inferior de toda a carroceria. O balanço traseiro era bastante curto, o dianteiro muito longo. Enquanto a traseira lembrava o Dino, a frente parece inspirada no conceito 250 P6.

O Berlinetta Boxer era baixo, mas parecia ainda mais com a pintura em preto da parte inferior. As rodas estrela, que simulavam o "cubo rápido" das pistas, eram novidade na marca

Ao contrário de seu antecessor, as linhas retas predominavam e os faróis eram escamoteáveis. Comparado a ele, o Berlinetta Boxer era 6 cm mais curto e 13 cm mais baixo. Na traseira as lanternas -- redondas, claro -- e saídas de escapamento eram seis, em vez das quatro do BB conceitual de 1971. E, para evitar que tomadas de ar poluíssem o desenho, dutos foram aplicados ao capô traseiro para levar ar aos carburadores (o radiador ficava na frente e recebia ar pela grade frontal).

Maior cilindrada   O Berlinetta Boxer permaneceu imutável durante seis anos até que, em 1976, a Ferrari exibia sua evolução. Em vez do ganho em desempenho absoluto, sempre esperado de um supercarro, a ênfase estava no torque em baixa rotação: apesar da cilindrada de 4.942 cm3 e da maior taxa de compressão, a potência decrescia para 345 cv. Em contrapartida, o torque máximo passava de 43 para 45,7 m.kgf a um menor regime de giros. A lubrificação utilizava cárter seco e a embreagem ganhava duplo disco, o que aliviava o peso do pedal.

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Apenas detalhes, como as tomadas de ar tipo NACA à frente das rodas traseiras,
identificavam o 512 BB, mas seu motor de 4,95 litros oferecia mais torque

A denominação 365 não mais era adequada, mas a Ferrari não optou pela nova cilindrada unitária (411,8 cm3): preferiu unir o cinco, dos litros de deslocamento total, ao 12 dos cilindros, batizando-o 512 BB. A regra, neste caso, era a mesma que se aplicaria mais tarde aos 308, 328 e 348, modelos de 3,0 a 3,4 litros e oito cilindros. Continua

Para ler
Ferrari Berlinetta Boxer, 365 and 512 Series (foto) - de Mel Nichols, publicado em 1979 pela Motorbooks International; específico dos modelos desde artigo, pode ser difícil de encontrar por sua antiguidade. Road & Track on Ferrari, 1975-81 - a revista norte-americana compilou artigos sobre modelos da época, como 308 GT4, GTB, GTS e GTi, 512 BB e 365 GT4 Berlinetta Boxer, 166 Inter e 340 Coupe; 88 páginas, 190 ilustrações. Boxer, the Ferrari Flat-12 Racing and GT Cars - de Jonathan W. Thompson, publicado em 1983 pela Motorbooks International; cobre tanto os modelos de rua quanto os de competição com motor boxer.

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