A Bugatti fechou as portas em 1951, efetivamente sem direção.
Os outros herdeiros de Ettore (Roland e as duas filhas, L'Ébé e Lidia) tentaram continuar a fábrica, criando o tipo 101 (um 57 modificado), de 1951,
e o 251 de competição, de 1956, com motor central-traseiro, mas sem
êxito. O 101, apesar de seguir as linhas dos cabriolets de sua época, possuía o desenho da dianteira nitidamente inspirado nos primeiros modelos de competição.
A trajetória da Bugatti e seu fundador forma um oposto exato da de outro pioneiro: Henry Ford. Enquanto Ford mostrou o caminho para as pessoas que realmente querem ganhar dinheiro fabricando automóveis, criando a produção seriada de carros idênticos
(leia história), Bugatti mostrava o outro caminho, infelizmente de menor sucesso na maioria dos casos: a produção de obras de arte ambulantes, imagens vivas da imaginação de um criador obstinado a realizar seu sonho sobre rodas, não importando o preço que um dia viria a pagar por isso.
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