O Democrata que não houve
A IBAP pretendia fabricar
um automóvel com projeto |
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No início da década de 60, o jovem empresário Nélson Fernandes, proprietário de um clube de campo (Acre Clube) e de um hospital (Presidente) em São Paulo, tinha em mente
algo ambicioso: fabricar, em uma indústria de capital nacional, modernos automóveis com projeto brasileiro. Os nacionais de então eram modelos -- em geral já defasados -- trazidos das matrizes ou licenciados por empresas estrangeiras. |
A fábrica em São Bernardo do Campo: projeto de 300.000 m2 de área construída A intenção era produzir três veículos: um carro popular com motor de 300 a 500 cm3, um utilitário e o modelo de luxo Democrata, um três-volumes em versões cupê de duas portas e sedã de quatro portas, com motor traseiro de
seis cilindros e 2,5 litros. O nome Presidente Democrata soaria irônico seis meses depois, em abril de 1964, quando foi instaurado um regime ditatorial após a deposição do presidente João Goulart. |
Na entrada da
unidade, uma placa com o emblema patriótico da IBAP e uma mensagem de
Fernandes, que fala em "convencer até os espíritos mais
céticos" |
Fernandes, com elevado sentimento patriota, colocou um contorno do mapa do Brasil no logotipo da marca, dentro de uma engrenagem estilizada. Para formar o capital necessário para os investimentos, a IBAP utilizaria o mesmo esquema financeiro do clube e do hospital de Fernandes, que duas décadas depois permitiria à Gurgel
(leia história) produzir o BR-800: a venda de ações.
Continua |
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Carros do Passado - Página principal - e-mail Data de publicação: 22/3/03 © Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados |