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Carros do Passado

O Miura tornou todos os Ferraris obsoletos no instante em que foi lançado. Em 1973, seu último ano de produção, a Ferrari lançava seu carro com motor central, o 365/GT4 BB, infinitamente inferior em conceito. Esse carro, como o Testarossa e o 512 TR que o substituíram, tinha o motor em cima do câmbio, devido ao grande comprimento do flat 12 que os equipava.

O Espada foi outro Lamborghini bem concebido, com quatro lugares, interior confortável e 350 cv no motor V12 criado por Bizzarrini

Este esquema solucionava o problema de comprimento do carro, mas deixava o centro de gravidade do motor excessivamente alto e colocava o motor muito para trás, deixando-o com tendência sobresterçante (saía de traseira em curvas). Dallara sempre foi melhor que a Ferrari no projeto básico, como provaria mais tarde no Countach. 

Outro fantástico Lambo da fase áurea foi o Espada. Com generoso espaço para quatro pessoas, era um Lamborghini "família". Baixíssimo, largo e longo, oferecia desempenho fantástico e praticidade inigualada até hoje em superesportivos. E 350 cv extraídos do V12 "Bizzarrini" de 4,0 litros.

O Miura podia muito bem ficar por anos ainda competindo com os novos Ferraris, mas a Lamborghini da época não podia ficar parada. Em 1974 era lançado, novamente para um público embasbacado, a obra-prima de Marcello Gandini: o Countach.

Produzido por quase duas décadas, até a chegada do Diablo, o Countach conservou seu estilo mas não apresentou mais inovações como a marca lançava nos anos 60

Dallara havia se superado desta vez. O enorme V12 passava a ser longitudinal, mas o câmbio estava voltado para a frente do carro, entre o motorista e o passageiro. Um eixo saía deste câmbio e, atravessando o cárter do motor, ia até o diferencial, junto às rodas traseiras. Ótima distribuição de pesos, baixo centro de gravidade. Nada era louco demais para a Lamborghini.

O Countach teve um desenvolvimento complicado após seu lançamento. A insistência de Bob Wallace em deixar o carro perfeito virou lenda. Apesar de ser geralmente creditada a Dallara a idéia genial do câmbio "invertido" no carro, quando foi lançado ele não trabalhava mais na Lamborghini. Com sua fama já construída pelo Miura, havia partido para a De Tomaso, onde criaria o Pantera. Sua genialidade continuou aparecendo onde quer que ele pusesse a mão. A Lancia Stratos (leia história) e o Fiat X1/9 são apenas alguns exemplos de seus trabalhos posteriores.

Apesar de ser um dos mentores do Countach, quando foi lançado Ferruccio Lamborghini já não fazia parte da empresa que levava seu nome. E ela nunca mais foi a mesma. O Diablo usa até hoje o esquema mecânico idealizado por Dallara para o Countach. Nada de novo apareceu desde que Ferruccio deixou a marca. 

Outro Lamborghini menos conhecido: o Jalpa, dos anos 80. A marca hoje produz apenas o Diablo e pertence à Audi, ou seja, ao grupo Volkswagen

Hoje a Lamborghini faz parte do Grupo Volkswagen, sendo operada pela Audi. Georges-Henry Rosseti a comprou de Ferruccio em 1972, pois este estava falido devido a problemas com as fábricas de tratores. A empresa foi à falência novamente em 1979, depois que o contrato para projetar e produzir o BMW M1 foi por água abaixo -- consta, porém, que este fantástico BMW, com desenho de Giugiaro, é obra de Dallara, supostamente em uma consultoria a seu antigo empregador.

Os irmãos Mimran compraram-na por uma bagatela na justiça. Foi vendida para a Chrysler em 1987, que a vendeu para a Mega-tech, e esta outra, para os alemães da Audi. É interessante notar que, à parte uma breve temporada na Fórmula 1 na era Chrysler, a Lamborghini nunca ingressou em competições, pois Ferruccio -- oposto perfeito de seu nemesis, Enzo Ferrari -- pensava que não ganharia dinheiro nisso.

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