O Interlagos era um carro pequeno (apenas 3,78 metros de comprimento e 2,10 entre eixos, o mesmo do
Porsche 356) e muito leve: apenas 535 kg na berlineta e 570 nas demais versões. Sua concepção mecânica era típica dos carros esporte da época,
monobloco com estrutura tubular de aço, motor (dos
Renaults Dauphine, Gordini e 1093) e tração traseiros, câmbio de quatro marchas e suspensão independente nas quatro rodas com molas helicoidais. |
O
primeiro Interlagos sai da fábrica exclusiva do modelo, no bairro
paulistano do Brás. Ao volante, William Pierce, presidente da
Willys-Overland do Brasil; a seu lado, Christian Heins, piloto e
dirigente da pequena fábrica |
Suas linhas harmoniosas logo conquistaram o público. A silhueta baixa, as formas suaves e arredondadas, os faróis circulares sob coberturas plásticas e as tomadas de ar atrás das portas conferiam-lhe um ar moderno e esportivo, inspirado em carros esporte renomados da época. Os pára-lamas traseiros da berlineta eram diferentes, com uma reentrância em curva atrás do arco de roda. O ângulo menos agradável das três versões era a traseira, com ampla grade (necessária para saída de ar do radiador) que destoava da pureza do estilo. |
O conversível,
que não existia no original francês, foi o primeiro nacional nessa
configuração e mantinha o estilo suave e agradável das outras
versões |
Desempenho esportivo
Ao contrário do A 110 francês, que
nasceria com o motor do Renault R8, de virabrequim de cinco mancais e 956 cm3 (que mais tarde seria o do Corcel, só que com 1,3 litro), o Interlagos aproveitava o propulsor do
Dauphine, Gordini e 1093. De quatro cilindros em linha, refrigerado a água e com virabrequim apoiado em três mancais apenas, oferecia versões de 845, 904 e 998 cm3. Projetado para modelos familiares de desempenho modesto, não primava pela resistência.
Continua |
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