Nascidos para ser selvagens Com
estilo agressivo e potentes V8, os muscle-cars |
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Em meados dos anos 60, os consumidores americanos estavam cansados das "banheiras" repletas de cromados e exigiam individualidade e atitude. Foi nesta década que surgiram dois dos tipos mais fascinantes de automóveis que Detroit já produziu: o pony-car e o muscle-car. Mais tarde os dois tipos iriam se misturar, quando os ponies Mustang, Camaro e Firebird entrariam na corrida em busca de potência, como os muscle-cars -- os "carros musculosos", em alusão à aparência agressiva e grande potência. |
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John
DeLorean adaptou ao Pontiac Tempest um motor de 6,3
litros, o maior existente na A história dos muscle-cars
começa em 1964. O então engenheiro-chefe da Pontiac,
John DeLorean (o mesmo que em 1980 construiria o
esportivo de aço inoxidável que levava seu sobrenome; saiba
mais), coloca no
conservador Pontiac Tempest o maior motor V8 disponível
na casa: um 389-pol3 (polegadas cúbicas) ou 6,3 litros,
de 325 cv brutos.
E batiza a criação com um nome "emprestado"
da Ferrari: GTO. |
Em 1965 o GTO ganhava faróis verticais e mais potência, para chegar a 96 km/h em apenas 6,6 s. A lista de opcionais era enorme | ![]() |
Desde os
anos 50 haviam projetos na General Motors para reavivar a
imagem esportiva da Pontiac e aumentar seu prestígio. O
GTO oferecia uma enorme lista de opcionais, para que o
consumidor pudesse "fazer" seu carro. Fazendo
as escolhas certas era possível ter um automóvel muito
veloz e com ótimo comportamento dinâmico por um preço
bastante atraente. Foi um sucesso absoluto. |
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Em 1969 chegava a versão Judge do GTO, em cupê (no alto) e conversível. O motor Ram Air possuía captação de ar sobre o capô, para maior enchimento dos cilindros |
Ainda havia a opção de
motor Ram Air (captação de ar sobre o capô para
melhorar o enchimento do motor) de 400 pol3 (6,5 litros),
que também gerava 360 cv brutos, mas a um regime mais elevado. Em
1969 chegava a versão Judge. O sucesso continuava e a
moda dos muscle-cars tomava importância. Com o sucesso do GTO, as outras marcas se apressaram em também oferecer seus "carros musculosos". A Chrysler começou a adotar motores Hemi, assim chamados por possuírem as câmaras de combustão hemisféricas, em todos os modelos possíveis, produzindo alguns dos mais fantásticos carros da época. Foi da Dodge que saíram, por exemplo, o Charger e o Challenger. O primeiro, conhecido dos brasileiros pois desembarcou por aqui no início dos anos 70 com um motor V8 de 318 pol3 (5,2 litros), teve em 1968 sua versão mais potente e famosa. |
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O
Dodge Charger R/T é bem conhecido dos brasileiros, mas
nos EUA oferecia um O Charger R/T
daquele ano utilizava um gigantesco V8 de 7,2 litros e
440 cv brutos,
chegava a 250 km/h e fazia de 0 a 60 mph em 4,8 segundos.
É claro que, com esses números, economia de combustível
não era seu forte -- fazia apenas 4,2 km/l --, mas isso
não era problema numa época de gasolina farta e barata.
O galão (3,785 litros) custava 10 centavos de dólar e
os americanos tinham dinheiro como nunca para gastar. |
O Challenger surgira como um pony-car, para concorrer com o Mustang, mas em 1970 ganhava porte e desempenho com o mesmo motor de 7,2 litros do Charger | ![]() |
O Challenger, por sua vez, havia sido lançado para competir com os pony-cars Mustang e Camaro, mas já em 1970 ganhava porte e potência, utilizando o mesmo motor 7,2-litros do irmão maior -- o que lhe conferia desempenho extraordinário, por ser menor e mais leve que o Charger. Disponível nas versões cupê e conversível, era oferecido apenas com câmbio automático de três marchas. O Challenger teve em 1970 seu melhor ano em vendas. Tanto o Charger quanto o Challenger se tornaram bastante populares, figurando em filmes e seriados de TV, como Bullit, Corrida Contra o Destino e o seriado Os Gatões (saiba mais abaixo). Continua |
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