O motor foi preparado com dois carburadores Holley de corpo quádruplo, tornando-se capaz de 360 cv brutos de potência, podendo vir com câmbio automático ou manual. O Shelby atingia mais de 210 km/h e fazia de 0 a 60 mph em apenas 6,8 segundos. Atualmente o GT 500 pode ser visto no cinema, no filme 60 Segundos, onde participa de uma perseguição pilotado por Nicolas Cage (saiba mais). |
O texano Caroll Shelby, criador do roadster Cobra, fez milagres sob o capô do Mustang. As versões Shelby GT 350 (foto) e 500 são até hoje sinônimo de beleza, potência e esportividade | ![]() |
Lee Iaccoca, presidente
da Ford, não aprovou as modificações feitas no Mustang
em 1967, mas era isso que o público pedia e o carro
ganhava corpo para abrigar motores cada vez maiores. Nos
anos seguintes a Ford apresentou outras versões ainda
mais potentes, como o Boss 429 de 1969. Como o Dodge
Daytona, era a versão de rua do carro de competição da
NASCAR. O enorme motor de 7 litros tinha 375 cv brutos e câmaras de combustão hemisféricas,
como nos Chrysler. Em 1971 era introduzido o Mach 1, com um novo motor de 7 litros e 370 cv brutos. Embora o carro fosse potente e tivesse um visual agressivo e esportivo, foi o começo do declínio dos Mustangs. Infelizmente, à medida em que o pony-car ganhava corpo e peso, suas vendas diminuíam. |
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O GT 500 tinha potência bruta de 360 cv e acelerava de 0 a 96 km/h em 6,8 s. Décadas depois, torna-se estrela de cinema no filme 60 Segundos |
A Ford,
contudo, não contava apenas com o Mustang para disputar
o mercado dos muscle-cars. Outros carros foram
oferecidos, como o Fairlane GT e o Gran Torino GT. Ambos
utilizavam o mesmo motor V8 de 427 pol3 (7 litros),
encontrado também em outros modelos da casa. Eram cupês
de grandes dimensões, com pequenas diferenças estéticas,
e obtiveram bastante sucesso -- não só de vendas, como
também nas pistas. |
"Aqui está o que acontece quando você põe um V8 de 429 pol3 num Mustang"... o impressionante Boss 429 usava um 7-litros de 375 cv brutos | ![]() |
Bastante equipado, o
Cougar foi um grande êxito. Era um bonito cupê de aparência
agressiva, com os faróis cobertos por uma grade vertical.
Na categoria dos grandes muscle-cars a Mercury
apresentou o Cyclone, cupê fastback de grande
porte e visual arrojado, equipado com um V8 de 7 litros
retrabalhado para 428 cv. A história dos muscle-cars começa a terminar em 1973. Com a crise do petróleo e o embargo imposto pelos países produtores, mais a conseqüente alta dos preços do combustível, os americanos preferiam comprar os econômicos carros japoneses aos beberrões nativos. Além disso, o governo dos EUA passou a impor uma série de normas de controle de poluição e de consumo de combustível, o que amarrou ainda mais a potência dos carrões, e estabeleceu o limite nacional de velocidade de 88 km/h. |
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O Dodge Challenger de 1973, último ano de fartura para os muscle-cars. A escassez do petróleo e os limites de consumo e emissões acabaram com esse fantástico tipo de automóvel |
A partir
de 1974 todos os carros viram seus motores diminuírem.
Modelos tradicionalmente equipados com grandes V8, como o
Mustang, passaram a utilizar pequenos quatro-cilindros.
Foi o início de uma era sombria para indústria
automobilística americana, quando os japoneses tomaram
conta do mercado. E o pior, os muscle-cars já não
ofereciam aquilo a que um dia se propuseram:
individualidade. Sem os motores potentes e numa época em
que o desenho dos carros se confundia, haviam perdido o
apelo. |
A ressurreição dos "carros musculosos", para muitos, está no Dodge Viper V10 de 8 litros, maior motor de automóvel do mundo. A foto mostra o carro-conceito do Salão de Detroit de 1989, à venda três anos depois | ![]() |
Para os puristas, contudo, os mais belos muscle-cars estão no passado, quando Detroit produziu alguns de seus mais fantásticos modelos. São uma página importante da história automobilística, carros que viraram lendas e que definitivamente nasceram para ser selvagens. E assim foram. |
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