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Carros do Passado

Um ano depois o Polara era o primeiro do segmento a oferecer câmbio automático, até então restrito a carros grandes como Opala, Galaxie/Landau e os próprios Dodges de motor V8. E não deixava por menos: oferecia quatro marchas, uma inovação que só teria seguidor uma década depois, no Diplomata SE da GM. Só que, ao contrário da tendência atual de adotar uma quarta longa, como sobremarcha, a Chrysler almejava apenas reduzir o intervalo entre as relações: a última era a mesma do câmbio manual, diferencial inclusive.

Inovação: o primeiro câmbio automático de quatro marchas no Brasil surgia no Polara 1979, que também introduzia esse conforto entre os carros médios

No mesmo ano a Volkswagen adquiria o controle acionário da Chrysler do Brasil, levando a dúvidas sobre a continuidade de sua linha. Para tranqüilizar os compradores e evitar o encalhe dos carrões, do Polara e dos caminhões Dodge, a marca alemã publicava anúncios, com a questão "O que vai acontecer com esses carros e caminhões?" ou a afirmação "A Volkswagenwerk apostou nestes carros e caminhões". Procurava convencer de que a marca Dodge estava mais forte do que nunca.

Com efeito, o "Dodginho" ainda ganharia um reforço: a versão GLS, em 1980, com bancos dianteiros com encosto de cabeça integrado (também disponível no GL) e painel de instrumentos completo (seis mostradores, incluindo manômetro de óleo e voltímetro), da marca Veglia. Os pára-choques ganhavam ponteiras de plástico e o pára-brisa agora era laminado como opcional.

O último sopro: a versão GLS, com painel completo e motor mais potente, era lançada em 1980 quase como uma despedida do "Dodginho", que permanecia em produção apenas na Argentina

No motor, um novo carburador vertical de corpo duplo e a taxa de compressão mais alta (de 7,7:1 para 8:1) elevavam a potência líquida a 90 cv e o torque a 15 m.kgf. De 0 a 100 km/h bastavam 15 segundos e a velocidade máxima chegava a 155 km/h. Pneus radiais 165/80-13 eram oferecidos como opção aos diagonais 6,45 - 13. Mas o projeto estava superado e, de qualquer modo, não havia grande interesse da VW em revitalizá-lo, dada a oferta do Passat no mesmo segmento.

Em 1981, pouco antes da extinção da marca, o Polara saía de produção, com um modesto total de 92.665 unidades produzidas.

Ficha técnica
_ Polara GL (1978) Polara GLS (1980)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 4 em linha
Comando e válv. por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 86,1 x 77,2 mm
Cilindrada 1.799 cm3
Taxa de compressão 7,7:1 8:1
Potência máxima 85 cv a 5.000 rpm 90 cv a 5.500 rpm
Torque máximo 14,2 m.kgf a 3.500 rpm 15 m.kgf a 3.500 rpm
Alimentação Carburador horizontal de corpo simples Carburador vertical de corpo duplo
CÂMBIO
Marchas e tração 4, traseira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco / a tambor
DIREÇÃO
Assistência não
SUSPENSÃO
Dianteira independente McPherson
Traseira eixo rígido
RODAS
Pneus 6,45 - 13 165/80 SR 13
DIMENSÕES
Comprimento 4,125 m 4,229 m
Entreeixos 2,49 m
Peso 930 kg 1.000 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 150 km/h 155 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 16 s 15 s
Dados de desempenho aproximados

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