O motor que estava sendo desenvolvido era um seis-cilindros horizontais de 9,6 litros. Tinha bloco de alumínio fundido e um mecanismo hidráulico para as válvulas. Os cilindros eram alimentados por injeção de gasolina. Com uma taxa de compressão de 6:1, o motor rendia uma potência de 150 cv, ideal para a transmissão por conversor de torque. Atingia 80 km/h com apenas 500 rpm. Foi concebido para ter altíssima durabilidade. |
As primeiras unidades revelaram
excelente desempenho, com máxima de 190 Todas estas inovações custavam muito dinheiro, e este começou a faltar. Mas o carro foi apresentado a 5.000 pessoas em 19 de julho de 1947. Era um modelo marrom, com suspensão independente, freios a disco e capaz de atingir 210 km/h. As encomendas chegaram a 300.000 unidades. Foram levantados ao todo 28 milhões de dólares para garantir o projeto. Os testes nas rodovias começaram e o desempenho realmente era muito bom, pois os carros de polícia mais velozes da época comiam poeira. Na pista oval de Indianápolis o Torpedo entrava nas curvas a 170 km/h e atingia perto de 190 km/h nas retas. Fazia de 0 a 100 km/h em 10 segundos. Espantoso para a época. Havia um problema: ele realmente andava muito bem, mas só para a frente. A transmissão por conversor de torque não permitia ao carro de 4,9 metros dar marcha a ré. O motor também tinha problemas de partida, pois as válvulas ficavam fechadas até a pressão de óleo aumentar. |
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Interior menos agressivo em colisões visava a segurança. O velocímetro quase foi montado no capô. O segundo motor, de 5,8 litros, desenvolvia os mesmos 150 cv do primeiro Tucker foi obrigado a optar por outro motor e outra transmissão. O novo era de um helicóptero Bell, de 5,8 litros, seis cilindros horizontais e também 150 cv. Tinha refrigeração a ar, que logo foi transformada para água pelo fato do consumidor americano não estar acostumado com este recurso. Também foi adotada uma transmissão manual de quatro marchas, usada no Cord de antes da Segunda Guerra. Tudo isso alterou o projeto original e elevou muito os custos. Em 1949 Preston Tucker pediu ajuda ao governo americano para salvar sua fábrica e seu sonho, pois os problemas financeiros eram enormes. Em 3 de março daquele ano a fábrica fechou suas portas. Dentro, apenas 49 carros construídos de forma artesanal e o protótipo original. |
O sonho de Tucker acabou em 1949, com o fechamento da fábrica. Seis anos depois morreria o criador de um mito da indústria norte-americana | ![]() |
Foi processado por
fraudar acionistas e concessionários. Embora julgado
inocente, o carro já havia conquistado fama de fraude e
tudo na fábrica foi vendido. Tentou construir no Brasil
um carro econômico com desenho esportivo, que seria
chamado de Carioca, com soluções já testadas no
Torpedo. Um Tucker andou em exibição nas ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo em 1947, como maneira de angariar acionistas. Mas não conseguiu financiamento e o projeto não saiu do papel. Preston Tucker morreu de câncer em 1955, no Rio de Janeiro, justamente quando tentava levar adiante seu projeto. Deixou à posteridade seu monumento. |
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