Outras marcas também tentaram |
A iniciativa da Chrysler é a mais conhecida, mas outros fabricantes tiveram suas propostas de carros a turbina.
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A primeira foi a britânica Rover, que já em 1942 obtinha aprovação do governo inglês para desenvolver o veículo. Pronto longos 10 anos depois, o Rover a turbina percorreu a famosa auto-estrada Jabbeke, na Bélgica, a 240 km/h.
Chegou a correr a 24 Horas de Le Mans de 1963 (ao lado), mas sem concorrer. Por isso usou o número 00 e largou 30 s atrás de todos. Terminou a prova sem problemas, mas nas últimas posições. Dois anos depois voltava a competir, chegando em décimo lugar na classificação geral, pilotado pelo experiente Graham Hill e pelo então novato Jackie Stewart.
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A General Motors desenvolvia em 1951 o primeiro de uma série de "carros de sonho", os Firebirds I, II e III,
à direita (saiba mais). No final da década de 50 a Ford aplicava uma turbina de avião Boeing, sem regenerador, a um Thunderbird, o início de um programa de testes que levaria 20 anos.
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A Fiat também desenvolveu um carro de sonho com esse tipo de motor, em 1954: o
Turbina (ao lado), que realizou seu primeiro teste em 14 de abril. Apesar de
baseado no cupê Otto-Vu de produção normal (leia história), o escapamento no centro da traseira lembrava o de um avião a jato. Não havia caixa de marchas e a potência do motor central era de 300 cv a 22.000 rpm. A velocidade prevista era de 250 km/h, mas o projeto foi logo abandonado.
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A Renault teve o Étoile Filante (estrela cadente),
na foto ao lado, também em 1954. Joseph de Szydlowski, presidente da Turboméca, empresa especialista em compressores e turbocompressores para aviação, propôs à então estatal Renault a idéia de um carro a turbina. Com 270 cv a 28.000 rpm, bateu o recorde de velocidade para esse tipo de veículo, ao alcançar 308,85 km/h nos Lagos Salgados de Bonneville, em Utah, nos EUA, em 5 de setembro de 1956. Mas tudo ficou nas experiências.
Em 1975, ao aposentar-se da Chrysler, o engenheiro George Huebner iniciou um projeto para a Volvo. Os suecos idealizavam uma turbina para carros pequenos de tração dianteira. Huebner projetou uma que desenvolvia 100 cv, pesava 25% menos que um motor a pistão equivalente, fazia 18 km/l e poluía pouco. Mas não foi adiante, pelos conhecidos problemas de custo e de óxidos de nitrogênio
(NOx).
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Carros a turbina também participaram de competições. Em 1967, Parnelli Jones liderou por 198 de 200 voltas a 500 Milhas de Indianápolis, nos EUA, com o modelo construído por Andy
Granatelli (à esquerda). Um problema na transmissão -- quebra de um pequeno rolamento -- o impediu de vencer.
No ano seguinte nove carros a turbina inscreveram-se na prova e três se classificaram para largar, mas o regulamento não lhes permitia competitividade. Um desses era o Lotus 56, pilotado por Émerson
Fittipaldi.
O filho de Andy, Vince Granatelli, construiu um Corvette a turbina em 1979, com um motor de gerador para máquinas de extração de petróleo, que desenvolvia 880 cv e 160 m.kgf (!) de torque. Trabalhava em rotação tão elevada que era possível rodar a 100 km/h em marcha-lenta. Mas seus resultados foram igualmente insatisfatórios.
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