Os quatro vêm com travamento das portas a distância, sendo melhorável a indicação de seu funcionamento no VW (a buzina é dispensável). Nele e no GM a porta do motorista se abre em separado, boa solução de segurança. Muito convenientes nesses dois modelos o fechamento automático dos vidros ao trancá-los, via fechadura no Polo (que também permite abri-los assim para arejar o interior ao chegar ao carro) e controle remoto no Corsa. Ambos têm ainda alarme com proteção por ultra-som.

Somente no Fiesta as portas não se travam ao começar a rodar, item importante nestes tempos inseguros. No Corsa seria melhor que as portas se abrissem por dentro mesmo travadas, dispensando puxar o antiquado pino. É verdade que se destravam ao tirar a chave da ignição, mas nem sempre isso é feito antes da saída dos passageiros.

O Polo é o único com controle automático de temperatura do ar-condicionado, eficiente e fácil de operar, graças aos comandos giratórios -- preferíveis aos botões do Golf, Bora e Passat, que requerem atenção. Dos demais, o sistema do Fiesta pareceu mal dimensionado, demorando demais a resfriar o interior (impressão já observada em seu lançamento na Bahia, em maio), embora uma avaliação adequada exigisse ter os quatro carros no mesmo dia, o que não aconteceu. A luz em seu botão que indica estar ligado é muito difícil de enxergar sob sol.

Os quatro vêm com rádio/toca-CDs de qualidade razoável de reprodução, mas diversos no modo de operar. Os maiores botões são os do GM, os menores os do Ford. Apenas no Fiesta o painel frontal é removível, solução que perdeu eficácia contra o furto nos últimos anos. Corsa e Clio adotam mostrador separado, que pode ser mais eficiente. Digno de nota o comando satélite junto ao volante, exclusivo do Renault. Somente o rádio do Corsa não desliga junto da ignição, mas no Fiesta a chave é necessária para que seja ligado novamente.

O VW conquista por numerosos detalhes, exclusivos no grupo, que indicam cuidado no projeto e menos economia na produção: luzes de cortesia nas portas dianteiras, quatro alças de teto e tampa do porta-luvas com movimento suave, gaveta sob o banco do passageiro à frente, mola a gás para manter o capô aberto (dispensa vareta), ótimo apoio ao pé esquerdo, buzina dupla (no Corsa e Fiesta é um "bibi" incoerente com os veículos), maçanetas cromadas, pára-sóis com espelhos iluminados e tampa (no Fiesta falta a tampa à direita, no Clio o espelho à esquerda), dois porta-copos mais um escamoteável no painel, ajuste do intervalo do limpador de pára-brisa, luzes de estacionamento separadas (ao desligar a ignição com uma luz de direção ligada, fica acesa a lanterna daquele lado) e luz indicadora de porta-malas mal fechado -- mais que bem-vinda, pois ele sempre fica assim ao fechar!

Só no Clio (à esquerda) o banco tem altura fixa e revestimento parcial em curvim. No
Fiesta o assento permanece elevado, mas agora há espaço adequado a motoristas altos

O GM traz cintos dianteiros ancorados no próprio banco na parte externa, portanto insensíveis ao ajuste de distância, e hodômetro que se acende ao destravar o carro, para fácil leitura mesmo sem abrir a porta. O Renault vem com o melhor comutador de farol (apenas de puxar e sempre o acendendo em facho baixo) e indicador do nível de óleo ao ligar a ignição (dispensa verificação por vareta). Os dois têm bolsas nos encostos dos bancos dianteiros, ausentes dos demais. Continua