>
O motor 3,0 do C5 traz, em relação ao similar já utilizado
no Xantia, novo desenho das câmaras de combustão, redução
de atritos e de peso (10 kg no total). Ganhou 8% na potência
e 6% no torque máximo, além de 10% no torque a 2.000 rpm,
que atinge 26,5 m.kgf (88% do total). O consumo foi reduzido,
o intervalo de trocas de óleo ampliado para 15.000 km e o das
velas para 80.000 km.
> O do Passat, embora dotado de cinco válvulas por
cilindro, tem
potência específica
inferior: 68,5 cv/l, contra 71,2 cv/l do C5. Potência (190
cv) e torque (26,5 m.kgf) sofreram ligeiras perdas na linha 2001 para atender a novas normas de
emissões poluentes. É que o alemão é vendido também nos
Estados Unidos e Canadá, onde o francês não chega -- este
traz, inclusive, um alerta de que não atende àquelas normas.
> Interessante nos motores VW/Audi é a
combinação dos vários diâmetros de cilindro e cursos de
pistão para obter diferentes cilindradas. No caso desde 2,8,
o diâmetro de 82,5 mm é o mesmo do 2,0-litros, enquanto o
curso de 86,4 mm é o do 1,8.
> O câmbio de cinco marchas do Passat é calculado
para exceder ligeiramente o regime de potência máxima (6.000
rpm) ao atingir a velocidade final em quarta: 235 km/h a 6.150
rpm. Já a quinta,
sobremarcha, obtém apenas
4.550 rpm nessa velocidade. O do C5 está errado nesse
aspecto: a quarta resulta em apenas 4.675 rpm (potência
também a 6.000) a 232 km/h, enquanto a terceira é curta
demais, limitando a velocidade. Isso
explica por que o |
Passat
é mais veloz, mesmo com 20 cv a menos.
>
A suspensão do Citroën possui uma unidade central
hidroeletrônica denominada BHI, com grande capacidade de
processamento, e 18 sensores que analisam o estado do terreno
e o estilo de condução do motorista. Foi projetada para
escolher em tempo real entre o modo suave, priorizando o
conforto, e o sport, mais firme e controlado. E não
requer manutenção nos primeiros cinco anos ou 200 mil
quilômetros.
> No Passat as molas e amortecedores são
convencionais, mas há um eficiente arranjo na suspensão
dianteira. Trata-se do sistema de braços sobrepostos (double
wishbone), só que com dois braços superiores e dois
inferiores -- por isso é denominado pela marca FourLink, ou
quatro ligações. As rodas se deslocam sempre muito perto da
vertical, de que resulta um braço de alavanca de forças
reduzido, com ganhos em estabilidade direcional e nas curvas.
A arquitetura permite neutralizar melhor as tendências de
"mergulho" em freadas e de levantamento em
aceleração. Na traseira vem o consagrado eixo de torção,
esquema usado no modelo desde a primeira geração, em 1973.
> A assistência adicional em frenagens de
emergência do C5 é similar ao sistema BAS introduzido pela
Mercedes-Benz. Quando o pedal do freio é pressionado
firmemente, sinalizando uma situação de emergência, o
pistão principal aciona um segundo pistão que aplica máxima
pressão no sistema de freios, o que compensa a eventual
relutância do motorista em pisar fundo. |