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Comparativo Completo

Apesar dessa deficiência, os dois automóveis comportam-se bem, para sedãs familiares, e passam por obstáculos sem tendência a raspar a frente -- mas falta ao Honda batente hidráulico na distensão dos amortecedores dianteiros. Os freios de ambos são eficientes, com sistema antitravamento (ABS), embora apenas o Fiat use discos na traseira. Neste, precisa ser revista a assistência excessiva do servo-freio, que dificulta modular a frenagem e causa desconforto aos passageiros.

Clique para ampliar a imagem Com o capô curto e baixo da sétima geração, não houve espaço para a suspensão dianteira de braços sobrepostos no novo Civic: a Honda passou a usar McPherson, mesmo conceito da maioria dos carros de tração dianteira

Os faróis do Marea são excelentes: com refletores de superfície complexa para o facho alto e superelipsoidais para o baixo, superam facilmente os refletores simples (com facho baixo e alto juntos, portanto não-simultâneos) de superfície complexa do Civic. A vantagem se amplia com o sistema de lavagem de alta pressão, ajuste elétrico de altura do facho, repetidores de luzes de direção nos pára-lamas, faróis e luz traseira de neblina, todos disponíveis no Fiat, mas ausentes do Honda. A favor deste, apenas as lentes de policarbonato em vez de vidro.

O retrovisor esquerdo é convexo em ambos, mas só o Fiat tem espelho interno fotocrômico. Quanto à segurança passiva, os dois carros vêm com bolsas infláveis frontais de série, podendo o Marea vir também com as laterais. Faltam ao Civic o cinto de três pontos e o encosto de cabeça do passageiro central traseiro, falhas que não esperávamos encontrar nesta versão de topo. Continua

Comentário técnico
> O motor do Civic (raio-X ao lado) é o único em carro nacional com um verdadeiro comando de válvulas variável, o VTEC (Variable Valve Timing and Lift Electronic Control System, ou sistema de controle eletrônico para tempos de distribuição e levantamento de válvulas). Nele, cada par de válvulas (são quatro por cilindro) possui três ressaltos: dois iguais nas extremidades e um diferente no meio. Em rotações baixas e médias, apenas os ressaltos externos, "mansos", acionam as válvulas. Atingido um regime predeterminado, a pressão do óleo do motor, comandada eletronicamente, coloca em funcionamento o ressalto "bravo" central. O motor assume então um novo diagrama de comando, com maior abertura e levantamento.

> O Marea possui um sistema com o mesmo objetivo, mas de funcionamento mais simples: o variador de fase. Neste, ocorre um deslocamento do comando em baixas rotações, equivalendo-se ao uso de um diagrama mais "manso". Em altos regimes, o comando retorna à posição original e reassume o perfil mais "bravo". Mas o Fiat adota outro recurso com o objetivo de melhor distribuir o torque, o coletor de admissão de geometria variável.

> Outra particularidade do Marea é a árvore de balanceamento, que traz maior suavidade de funcionamento. É um recurso importante em vista do longo curso dos pistões, 90,4 mm. No Civic não há a árvore, apesar do curso ainda maior, 94,4 mm.

E só o Fiat adota acelerador eletrônico.

> Como é habitual, optar pela transmissão automática permite viajar com menor rotação, devido às relações mais longas da caixa. No Marea são apenas 2.900 rpm a 120 km/h; no Civic, 3.000 rpm.

> Ao abandonar a suspensão dianteira de braços sobrepostos em favor da menos elaborada McPherson -- em função do menor espaço sob o capô desta geração --, o Civic equiparou-se ao Marea nesse aspecto. Na traseira, porém, os sistemas são diversos: continuam com braços sobrepostos no Honda e usam braço arrastado no Fiat, ambos do tipo independente.

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