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Comparativo

A posição de dirigir seria melhor com ajuste do volante em profundidade, mas o apoio lombar regulável é bem-vindo -- este ajuste e o de altura do assento são elétricos quando há bolsas infláveis laterais. Bons detalhes são o ar-condicionado com saídas para o banco traseiro, fechamento dos vidros e do teto solar pela fechadura, indicador de portas mal fechadas e comandos do sistema de áudio no volante.

Bancos com ajuste lombar são de série, havendo comando elétrico ao se optar por bolsas infláveis laterais; o revestimento em couro é opcional nas duas peruas

Dos itens reivindicados pelo BCWS em 1999 (saiba mais), alguns a Fiat providenciou: espelho de cortesia no pára-sol do motorista, temporizador dos controles elétricos de vidros, retrovisor interno fotocrômico. Ainda faltam computador de bordo e interruptor central para a trava das portas, oferecidos no Tempra. Vale destacar o bom porta-malas, de 500 litros, e o pára-choque rebatível para um plano de carga mais baixo.

Mecânica, comportamento e segurança

Se havia dúvidas entre as versões até aqui, neste item o leitor fará sua escolha. Os motores derivam de um mesmo projeto básico, de cinco cilindros, 20 válvulas e duplo comando com variador de fase. Contam ainda com árvore de balanceamento que minimiza as vibrações. O 2,45-litros teve a cilindrada ampliada em 22%, ganhou coletor de admissão de geometria variável (para melhor distribuição de torque) e acelerador eletrônico (traz mais suavidade).

O 2,45-litros ganhou tecnologia sobre o 2,0 anterior: coletor de admissão variável e acelerador eletrônico, além do já existente variador de fase do comando de válvulas
Com seus 160 cv, perde para os 182 cv do motor turbo, que continua um 2,0-litros e adota intercooler para maior eficiência. O torque máximo deste também é maior, 27 contra 21 m.kgf, e ocorre em regime mais baixo. De posse desses dados, o leitor concluiria que o 2,45 perde sempre.

Onde ele dá o troco é no torque em baixas rotações, oferecendo 95% do total já a 1.500 rpm. A vantagem aparece ao primeiro contato com a Marea HLX, que não pede reduções de marcha freqüentes e flui com desenvoltura pelo trânsito. O comportamento da Turbo é bem diferente: depois de uma saída algo tímida, se mantido o acelerador a fundo o motor "acorda" perto de 2.500 rpm e chega a fazer cantar os pneus, numa mudança de personalidade bem ao gosto dos entusiastas, mas talvez inconveniente ao pai de família comum.

A Turbo também é melhor no desempenho absoluto, com vantagem de 18 km/h na velocidade máxima e 1,1 s na aceleração de 0 a 100 km/h (veja os números). Seu consumo é pouco superior ao da HLX pelos dados de fábrica (perda média de 0,5 km/l), mas naturalmente a diferença cresce se o motorista da Turbo liberar a cavalaria com freqüência.
Turbocompressor e intercooler, aplicados ao 2,0-litros de cinco cilindros, resultam em potência líder entre os automóveis nacionais: 182 cv, ou 22 cv mais que o 2,45 aspirado
Os demais sistemas são similares, do câmbio de engates precisos aos freios potentes, com antitravamento (ABS), distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD) e sensores ativos. A calibragem de suspensão da HLX, embora mais firme do que na antiga 2,0-litros aspirada, permanece macia e propicia balanços da traseira nas curvas mais velozes. Mais firme, a Turbo elimina esses movimentos, mas traz um pouco de desconforto em pisos de má qualidade.

O padrão de segurança de ambas está entre os melhores desta faixa de preço. A Turbo poderia, contudo, oferecer controle de tração para facilitar o uso de sua usina de força em arrancadas, pois motoristas menos experimentados podem se assustar com as reações ao acelerar mais fundo.
Custo-benefício
A Marea Weekend corre praticamente em segmento próprio no mercado, pois situa-se em patamar de potência que outras peruas só oferecem a preço muito superior
Há fãs de motores aspirados e entusiastas dos turbos, mas no caso da Marea Weekend a escolha foge dessa questão conceitual. O comportamento suave e progressivo da HLX 2,45-litros é bem distinto do tempero agressivo da Turbo 2,0-litros, embora a primeira admita uma condução esportiva e a segunda possa enfrentar o trânsito lento ou um passeio tranqüilo sem qualquer problema.

Além de mais barata, a versão aspirada tende a pagar seguro menos oneroso e a manter melhor valor de revenda, já que esportivos são sempre penalizados nestes aspectos. Mas o prazer de deixar (quase) todos para trás, ouvindo o discreto sopro do turbocompressor "enchendo" o motor com entusiasmo, para muitos vale mais que a diferença de preço destas peruas. Continua

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