Mesmo com 200 cm3 a menos o motor Renault é mais potente, 110 contra 102 cv, o que se traduz em maior
potência específica: 68,8 contra 56,7 cv/litro do GM. Este, porém, vence por boa margem em torque: 16,8 m.kgf a
2.800 rpm contra 15,1 m.kgf a mais altas 3.750 rpm. A vantagem parece consistente para a Meriva no uso cotidiano, em que as baixas e médias rotações são as mais freqüentes, mas há
dois fatores a considerar: suavidade de funcionamento e relações de marcha. |
O motor de 1,8
litro da GM tem torque bem superior, mas sua aspereza de funcionamento
faz parecer que está sendo forçado, acentuando a sensação de falta
de agilidade |
A questão da
suavidade é assunto bem conhecido do leitor assíduo do BCWS. A GM parece ter desprezado esse fator ao conceber o novo motor 1,8, já que a importante relação
r/l subiu muito (saiba mais sobre técnica), gerando uma aspereza de funcionamento perceptível desde médias rotações, como 3.500 rpm. Mesmo com esforços para isolar vibrações, o novo Corsa
e a Meriva não escondem essa
indesejável característica. |
É de se imaginar, no entanto, o dilema da Engenharia da
GMB: com marchas longas, o desempenho desagrada; encurtando-as, os ruídos e vibrações em velocidades de viagem seriam muito incômodos. Ao menos neste último aspecto a escolha foi perfeita, já que a 120 km/h o motor da Meriva "passeia" a
3.150 rpm, enquanto o da Scénic gira bem mais, 3.550 rpm.
Continua |
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