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Comparativo Completo

Os dois picapes adotam suspensão traseira de eixo rígido e mola parabólica (saiba mais sobre técnica), eficiente em utilitários por aliar robustez a certo conforto. Não compromete a estabilidade, saltitando pouco em pisos irregulares, mas não se engane: a maciez, até por causa da capacidade de carga elevada, fica bem atrás dos automóveis de que derivam. Duvide se você ouvir por aí que esses picapes são tão confortáveis quanto um bom carro.

Apesar do cabeçote multiválvula, o Strada obtém torque suficiente mesmo em baixos regimes -- e acelera muito bem, de 0 a 100 km/h em 10,1 s
Graças aos pneus de perfil alto e à suspensão de longo curso, o Strada passa por lombadas e buracos aparentando grande robustez, além de se adaptar ao tráfego por estradas precárias. O Corsa fica algo atrás, mas ganha em aderência em curvas e precisão de respostas, pela menor altura de rodagem e pneus mais esportivos.

O Fiat presta-se melhor ao transporte de carga de menor volume: tem maior capacidade em peso (685 kg, motorista incluído, ante 600 kg), mas menor em volume (800 litros contra 945 litros do Corsa, dados de fábrica), sem considerar, é claro, o espaço dentro da cabine. Sua caçamba tem revestimento interno e cobertura -- o Corsa sequer prevê ripas de madeira como proteção do piso, o que pode danificar facilmente a pintura.
O conhecido motor 1,6 do Corsa proporciona bom torque em qualquer regime e desempenho correto ao Pickup, mas poderia ser mais suave em alta rotação
No quesito segurança, nova vantagem do Strada pelos opcionais oferecidos (freios com ABS e EBD), faróis altos mais potentes (quatro filamentos acesos) e unidades para neblina no pára-choque, que o Corsa não possui -- ambos ficam devendo, porém, os repetidores de luzes de direção nos pára-lamas dianteiros. Duas bolsas infláveis são disponíveis nos dois modelos. Continua
Comentário técnico
> O motor Fiat tem o diâmetro dos cilindros (86,4 mm) bem maior que o curso dos pistões (67,4 mm), enquanto o GM traz curso (81,5 mm) pouco maior que o diâmetro (79 mm). A primeira configuração (conhecida como motor superquadrado) beneficia o rendimento em altas rotações, enquanto a outra (motor subquadrado) favorece o torque em baixos regimes.
> Outro reflexo é na maciez de funcionamento: com curso maior é preciso recorrer a bielas mais longas, o que não foi feito de modo ideal no Corsa 1.600. O resultado é uma operação mais áspera, com maiores vibrações e menor rendimento. Outros motores nacionais, como o 2,2-litros da mesma GM e o 2-litros da VW (exceto Golf), padecem do mesmo mal.
> A suspensão dianteira do Strada repete o esquema McPherson da família Palio, também adotado na linha Corsa, mas com braços oscilantes de aço forjado para maior resistência. Na traseira é empregado eixo rígido com mola parabólica de lâmina única, comuns ao picape da GM, mas o Fiat é exclusivo no eixo em forma de ômega -- tem a parte central mais elevada, para melhor transposição de obstáculos.
> Os grandes pneus do Strada (175/80 R 14 contra 175/65 R 14 do Palio) exigiram encurtamento do diferencial, ficando a relação final cerca de 10% mais curta que a do automóvel. Contribuem ainda para a maior altura livre do solo entre os picapes leves, 175 mm com carga máxima.
> Os freios deste Fiat são maiores que os do Palio: discos de 257 mm à frente, ante 240 mm, e tambores de 228 mm atrás, contra 185 mm do carro. Recebem sistema EBD de distribuição de pressão entre os eixos, recurso -- ao lado do antitravamento ABS -- ainda exclusivo na categoria. Já o Corsa Pickup adota os mesmos freios, pneus e relações de transmissão do automóvel de que deriva.

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