> Embora tenha o
mérito de aliar pela primeira vez a tecnologia
flexível em combustível ao
cabeçote de quatro válvulas por cilindro, o motor do Clio
Hi-Flex decepcionou na taxa de compressão: apenas 9,7:1, a mesma
da versão a gasolina e um tanto baixa para uso de álcool. No
oposto está o Fiesta, com um motor idealizado para rodar com o
combustível vegetal e a maior taxa do grupo, 12,3:1. Fox
(10,8:1), Corsa e Palio (10,5:1) ficam a meio caminho.
> A Renault alega que experimentou taxas mais altas, sem
ganhos expressivos em consumo e desempenho. Será mesmo? Elevar a
taxa é uma receita de sucesso desde os primórdios da preparação
de motores, tendo trazido um ganho de 13 cv para o Fiesta entre
a versão antiga a gasolina e a flexível rodando com álcool. No
Clio o aumento foi de só 5 cv com o combustível vegetal,
mantendo os 110 cv com o mineral. A nosso ver, a liderança do
segmento de hatches em potência (só o Polo Sedan 2,0 desenvolve
mais, 116 cv) é que deve ter sido considerada suficiente pela
marca francesa. Com isso ela evitou os custos de fabricar novos
pistões e ainda pôde compartilhar mais peças entre o novo motor
e o antigo, que permanece na Scénic (por pouco tempo) e no
Mégane argentino.
> Nesta faixa de cilindrada é possível chegar a boas
relações r/l. A melhor é a
Clio (0,273), seguido pela do Fiesta (0,293), ambas dentro |

do limite convencionado
como aceitável, 0,3. Pouco atrás vem o Fox (0,314), enquanto o
motor GM compartilhado por Palio e Corsa leva a taça de pior r/l
conhecida entre os carros nacionais: 0,339, o bastante para
gerar acentuada aspereza de funcionamento em médias e altas
rotações.
> A receita de suspensão mais usada no Brasil — McPherson
à frente, eixo de torção atrás — é absoluta também nesta
categoria (saiba mais sobre cada
tipo). |