


Na Audi, o estepe temporário precisa ser inflado com compressor antes do
uso; na Volvo, embaixo, o pneu tem junto a bateria



Com 200 cm3, um cilindro e um turbo a mais, o motor da Audi vence fácil
em potência: 250 contra 210 cv do Volvo |
Os compartimentos de
bagagem são adequados, com capacidade de 485 litros na Volvo e 455 na
Audi, e dotados de quatro ganchos de amarração e cobertura enrolável —
que na alemã não parava no lugar no fora-de-estrada. Para se levar
certas cargas ou mesmo animais, a Allroad traz uma tela e a XC70 uma
verdadeira grade, escamoteáveis.
A Volvo deixou de usar
estepe temporário, adotando um igual (roda inclusive) aos pneus de
serviço. Já a Audi usa neste modelo um pneu 205/70-16 em roda de
alumínio menor que as demais, que vem desinflado para poupar peso e
espaço. O enchimento é feito por um compressor ligado à tomada de
energia 12V, não se podendo superar 80 km/h com esse pneu em uso. É uma
solução intermediária até interessante, mas longe da praticidade de um
estepe 100% operacional.
Mecânica, comportamento
e segurança
Há algumas semelhanças e
muitas diferenças entre as mecânicas. Em comum, o uso de turbocompressor
e resfriador de ar (dois de cada na
Allroad), a cilindrada próxima, o câmbio automático de cinco marchas com
opção de operação seqüencial e a tração integral.
Todo o resto varia, a
começar pela posição dos motores (transversal na Volvo, longitudinal na
Audi), passando pelo número e disposição de cilindros (cinco em linha e
seis em V, na ordem), pelo número de válvulas por cilindro (quatro e
cinco) e chegando ao funcionamento da tração.
O V6 biturbo de 2,7 litros e 30 válvulas da Allroad
tem os mesmos diâmetro e curso do VW 1,8. Como se espera,
oferece mais potência (250 cv contra 210) e torque (35,7 m.kgf,
disponíveis de 1.800 a 4.500 rpm, ante 32,6 de 1.500 a 4.500 rpm) que o
2,5-litros de 20 válvulas e um só turbo da XC70, ainda que esta tenha
ganho 10 cv e 3,5 m.kgf na linha 2003 através de aumento de cilindrada
em 100 cm³. Ambos são silenciosos e vibram pouco, mas o som ao acelerar
a Audi — um uush típico de motor de grande desempenho —
entusiasma bem mais.
As duas andam muito bem em qualquer situação, movendo-se a um leve toque
no acelerador e colando o corpo no banco ao acelerar fundo, ainda que abaixo
de 2.000 rpm — são mesmo muito interessantes os turbos modernos, com seu controle
eletrônico que permite atingir a pressão máxima em regimes
intermediários, distribuindo melhor o torque. Contribui para isso o
variador de fase do comando de
válvulas de admissão nos dois motores.
Continua
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