> O motor do 307 é
bem moderno, lançado há poucos anos na França e dotado de bloco
de alumínio, mais leve e eficiente na dissipação de calor que o
de ferro fundido. Perde, porém, para o do Astra na sempre
importante relação r/l: chega
a 0,316, enquanto o oponente fica no limiar exato do aceitável,
com 0,3.
> No Astra, a taxa de compressão razoável para uso de
álcool (11,3:1, ou 1,5 ponto acima da usada no antigo motor a
gasolina) reflete bom desenvolvimento da versão
flexível em combustível desse
2,0-litros. Como comparação, o 1,8 da mesma GM fica em 10,5:1 e
a Renault lançou há pouco seu primeiro flexível com apenas
9,7:1. Por outro lado, já existe o 1,6 da Ford com taxa de
12,3:1, hoje a referência nesse aspecto. Que a guerra
tecnológica continue.
> O controle eletrônico da caixa automática da Peugeot —
a mesma usada nos Citroëns C5, C8 e Xsara |
Picasso — representa um
passo à frente, já que provoca também reduções de marcha quando
percebe a necessidade de freio-motor, de acordo com o modo como
o motorista acelera e pára de acelerar. Seu bloqueio permanente
do conversor de torque diminui as perdas de energia e a torna
mais eficiente.
> Também interessante no carro francês — ops, argentino —
é a assistência adicional em freadas de emergência. Em vez de um
complexo sistema de controle eletrônico, a Peugeot usa um
mecânico: a partir de determinado esforço no pedal, um segundo
par de pistões no cilindro-mestre, concêntricos aos principais e
menores em diâmetro, assumem a tarefa de "morder" os discos, em
que ampliam a força hidráulica produzida.
> Em desacelerações intensas, a partir de 0,8 g, o
pisca-alerta do 307 é acionado automaticamente para prevenir os
motoristas que vêm atrás. |