Montana: interior mais atual, banco com ajuste de altura, portas mais
leves, painel com o correto fundo preto
Strada: decoração com amarelo, banco alto e volante ajustável, portas
grandes e pesadas para acesso à parte traseira da cabine |
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Conforto
e conveniência
Se por fora a GM deu
grande passo à frente, por dentro os picapes são até certo ponto
equivalentes, da qualidade dos plásticos ao revestimento dos bancos,
simples mas adequado à proposta. Apenas no desenho do painel e das
portas o Montana é mais atual, além de dispensar as seções em
cinza-claro que não agradam no Strada. Há quem critique as portas
revestidas em tecido do Fiat, mas a predominância de plástico do
Chevrolet não é muito superior.
Uma vantagem do Montana é oferecer ajuste de altura do banco do
motorista (por um sistema pouco prático), que assim consegue posição
mais agradável. No Strada fica-se sempre alto, às vezes impondo às
pernas ângulo incômodo em relação aos pedais. Há nele regulagem de
altura do volante, que cairia bem ao oponente, mas o ajuste de encosto é
por alavanca (não contínuo) e, de acordo com a posição do banco, pode
prensar a mão junto ao freio de estacionamento. Ambos estão bem servidos
de espaços para objetos.
A cabine estendida do Strada traz conveniências como um "porta-malas"
interno, semelhante ao de um carro pequeno, e a possibilidade de
reclinar bem os bancos. Há também um teto solar que pode ser basculado,
com um acionamento nada confortável, ou removido e guardado junto ao
vidro traseiro. Como não há forro, o sol invade o interior, embora o
vidro receba pintura pontilhada para diminuir a passagem de luz.
A GM adotou o que chama de Max Cab, uma cabine mais ampla que o usual.
Não chega a ser estendida, mas o espaço adicional permite levar uma mala
média atrás de cada banco, na vertical, se ajustados para pessoas de
estatura média. Ainda, o motorista alto pode recuar o assento e o
encosto mais que o usual em picapes — um de 1,80 metro ainda não chegava
aos limites de ajuste.
Os painéis são similares em informações, incluindo conta-giros e relógio
digital (além de indicador de temperatura externa no Montana), e em
facilidade de leitura. O Montana Off-Road usa fundo preto nos
instrumentos, mais agradável que o branco com iluminação amarelada da
versão Sport e de muitos modelos Chevrolet hoje — uma tendência que a
marca deveria rever. No Strada Adventure a grafia amarela não prejudica.
Os dois trazem rádio/toca-CDs com formato exclusivo, para inibir o
furto, mas o da GM é muito superior em qualidade de reprodução e de
graves, graças aos alto-falantes nas laterais traseiras.
Continua
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