Bom recurso do Palio: o sistema de
áudio
com formato exclusivo e leitura de MP3
Os difusores de ar do Fiesta são
práticos,
mas não os pequenos botões do rádio
Fit: criatividade nos comandos de
ventilação
Fox: gaveta tenta substituir o
porta-luvas,
mas com difícil acesso pelo passageiro
Retrovisor fotocrômico, um dos
opcionais
do Palio que devem ser raros no mercado |
O Palio tem o maior
número de bons detalhes: alça que sai pela grade para se abrir o capô,
retrovisor interno fotocrômico,
temporizador dos faróis, abertura interna da tampa traseira (também no
Fox) e do bocal do tanque, porta-óculos no lugar da alça de teto do
motorista, aviso individual para porta mal fechada (há um genérico no
Fit), indicador de temperatura externa, limpador de pára-brisa e faróis
com acendimento automático e ajuste de sensibilidade.
Destaques do Fox são o porta-copos no console (também no Palio),
porta-garrafas nas portas — o espaço para objetos, aliás, é mais farto
nele e no Fiesta — e a antena integrada ao pára-brisa, melhor que a de
teto que a VW tanto usa. Como o Palio, tem bolsas atrás dos encostos
dianteiros (só no lado direito no Fit). O Honda leva vantagem apenas
pela luz de cortesia sobre o console, como em carros de luxo, e pelo
banco traseiro que pode ter o assento rebatido para trás, de modo a
criar espaço vertical para objetos. No
Fiesta, só mesmo o acendedor de cigarros (nos demais, apenas tomada de energia
de 12 volts) e os ótimos difusores de ar.
Cada um tem seus inconvenientes de projeto ou de execução. O Fiesta não
aciona a luz interna pelas portas traseiras, demonstra má qualidade de
montagem por todos os lados (painel mal encaixado,
comandos de ventilação duros e frágeis, entre outros), exige chave para
a tampa traseira (havia comando interno na antiga geração), não tem
luzes de leitura e ganhou para 2004 uma sirene para esquecimento de
lanternas acesas — incômoda e desnecessária, pois só as luzes de
posição, que consomem pouco, se mantêm.
No Fox a posição da chave durante a partida é antinatural, torcendo a
mão, uma falha inesperada; não há porta-luvas, apenas uma gaveta sob o
banco do motorista, de difícil acesso pelo passageiro, nem alças de teto
na traseira. Como o Fit, não tem cinzeiro e os bancos, com espuma firme,
não combinam com a rigidez da suspensão e o deixam desconfortável.
Outros incômodos são inerentes a uma versão de três portas, como os
cintos dianteiros longe do alcance das mãos, portas grandes e pesadas e
acesso difícil ao banco traseiro (os assentos da frente poderiam se
deslocar ao rebater os encostos).
No Palio permanece um defeito crônico, que deveria ter sido corrigido na
remodelação interna: os difusores de ar muito baixos não conseguem
refrigerar a parte superior da cabine, onde se concentra o ar quente. Um
arrefecimento eficiente exige mudar com freqüência a direção do ar,
jogando-o ao pára-brisa por algum tempo.
Continua
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