Na Picasso, capacidade para
30 litros a mais de bagagem, acabamento melhorável em alguns pontos e
mesinhas nos encostos
A 307 SW tem compartimento
menor, mas agrada mais em detalhes de acabamento e também tem comandos
de áudio junto ao volante |
Vamos aos detalhes. O controle elétrico dos
vidros da 307 inclui função um-toque e sensor
antiesmagamento em todos (só no do motorista na Picasso), além de fechá-los pelo comando da
chave; há temporizador nos dois
carros. O ar-condicionado é idêntico, com controle automático de
temperatura e operação não tão simples (deveria ser ligado pelo toque em
qualquer botão), mas só a Citroën oferece opção de um aparelho
para o banco traseiro, que funciona muito bem e repete os ajustes do
principal.
Também igual em ambas é o computador de bordo, combinado a verificação
de sistemas (incluindo aviso de portas mal fechadas), que emite
mensagens em português, mas indica consumo em litros por 100 km. A Picasso 2004 ganhou travamento
automático das portas ao rodar, que falta à 307 — agravam a questão os
fatos de não haver trava visível nas portas e de a luz indicadora no
painel acender com as portas travadas, quando deveria ser o contrário.
A Peugeot, por sua vez, recebeu este ano o exclusivo acionamento automático dos
faróis e do limpador de pára-brisa.
Ótimo em ambas é o comutador de farol, de puxar somente e que não
o acende já em facho alto. Os pára-sóis trazem
espelho iluminado, mas falta a faixa degradê no pára-brisa. As duas
marcas usam o mesmo rádio/toca-CDs com comandos junto ao volante e
qualidade de áudio adequada; limpadores de pára-brisa que trabalham em
direções opostas, boa solução para vidros tão amplos; e reclinação dos
bancos dianteiros por alavanca, em pontos definidos, que não é ideal.
A Picasso é a única com ajuste do apoio lombar do motorista e acendedor
de cigarros; o carrinho de compras dos primeiros modelos já não a
equipa. A 307 tem como itens exclusivos a luz de aviso para atar o cinto
e a medição de nível de óleo ao dar partida ao motor. Seu comando de
buzina é que é ruim, com uma almofada de volante dura e que não a aciona
em toda sua área.
O compartimento de bagagem da Picasso comporta 550 litros, e o da SW, 520, com os bancos em posição normal. Ambas têm rede para
reter objetos, ganchos de amarração, tomada de energia de 12 volts
e o estepe (com roda de aço em vez de alumínio) montado por fora, sob o
assoalho, como poucos apreciam. A Peugeot havia passado ao estepe
interno no 307 hatch, mas teve de retorná-lo à parte externa por causa
da terceira fila de bancos da perua.
Mecânica,
comportamento
e segurança
Se há algo idêntico entre os modelos é o
motor. O 2,0-litros de 16 válvulas do grupo PSA é moderno e eficiente,
com bloco de alumínio e alta potência
específica, 69 cv/l, sem prejuízo do torque em baixa rotação. Seu
funcionamento poderia ser mais suave em alta rotação (saiba
mais sobre técnica), mas move os pesados veículos (mais de
1.300 kg) com razoável agilidade.
Continua
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