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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
Com maiores potência e torque, parecia provável a liderança do Logan em desempenho — mas como desconsiderar os efeitos do maior peso e da pior aerodinâmica? A simulação desenvolvida para o Best Cars pelo consultor Iran Cartaxo esclareceu a questão.

O modelo da Renault fica em último em velocidade máxima, com o da GM em primeiro e o da Fiat entre eles. Em parte a culpa é da resistência ao ar (requer 24% mais potência que os demais para manter 120 km/h), em parte do câmbio mal calculado para esse fim. A quinta marcha deveria ser 8% mais curta para fazer coincidir as rotações de maior potência e de velocidade final, enquanto o Siena deveria ser 5% mais curto, e o Classic, 7%. Isso para obter máxima em quinta, mas não há dúvida de que os três ficariam bem mais agradáveis em viagem com câmbio 4+E. O regime a 120 km/h, entre 4.200 e 4.400 rpm, é alto demais para que os motores trabalhem com baixo nível de ruído.

Em aceleração o Logan sai à frente, seguido pelo Classic (que conta com a vantagem do menor peso), mas é ultrapassado por ele na prova mais longa de 0 a 1.000 metros. Como os carros a terminam a mais de 130 km/h, o efeito da aerodinâmica já se torna importante. Curiosidade: o Chevrolet seria um pouco mais rápido de 0 a 100 km/h se a terceira marcha fosse mais longa, pois o corte do motor a 97 km/h exige a mudança para quarta. De qualquer modo, os tempos ao redor de 17 segundos nessa prova indicam carros de desempenho modesto, inadequados a quem espera grande agilidade.

As retomadas indicam outra superioridade do Classic, com o Logan em segundo lugar (exceto naquela feita em quinta marcha, onde o Siena o supera). O Renault só venceu na prova de 60 a 100 km/h em terceira, que não pode ser feita no carro da GM pela razão já citada.

Consumo é certamente um ponto decisivo nesta categoria e, se os três não decepcionam com os índices obtidos em ciclos urbano e rodoviário, o Classic mostrou as melhores marcas, seguido de bem perto pelo Siena (que até o supera em algumas condições). As diferenças são sutis em baixa velocidade, mas se tornam mais claras a partir de 80 km/h, quando a aerodinâmica do Logan o prejudica.
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  Classic Siena Logan
gas. álc. gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima 156,8 km/h 159,5 km/h 155,4 km/h 156,9 km/h 149,9 km/h 150,7 km/h
Regime à veloc. máxima (5a.) 5.800 rpm 5.900 rpm 5.650 rpm 5.700 rpm 5.200 rpm 5.250 rpm
Regime a 120 km/h (5a.) 4.400 rpm 4.350 rpm 4.200 rpm
Potência a 120 km/h 29 cv 29 cv 36 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 17,4 s 16,9 s 18,7 s 18,4 s 16,2 s 15,9 s
Aceleração de 0 a 400 m 20,2 s 20,3 s 21,1 s 21,0 s 20,2 s 19,8 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 36,7 s 36,4 s 38,6 s 38,9 s 37,5 s 37,1 s
Retom. 80 a 120 km/h em 5ª. 24,6 s 24,0 s 27,5 s 26,5 s 27,8 s 26,5 s
Retom. 80 a 120 km/h em 4ª. 16,5 s 15,8 s 19,0 s 18,9 s 17,8 s 17,1 s
Retom. 60 a 100 km/h em 4ª. 14,0 s 13,5 s 15,9 s 15,8 s 15,3 s 14,8 s
Retom. 60 a 100 km/h em 3ª. NA 11,7 s 11,4 s 10,0 s 9,8 s
Consumo em cidade 10,8 km/l 7,7 km/l 10,7 km/l 7,6 km/l 10,6 km/l 7,5 km/l
Consumo em estrada 15,0 km/l 10,9 km/l 14,9 km/l 10,7 km/l 14,0 km/l 10,0 km/l
Consumo a 60 km/h 16,8 km/l 12,2 km/l 16,5 km/l 11,8 km/l 16,6 km/l 11,8 km/l
Consumo a 80 km/h 15,7 km/l 11,4 km/l 15,6 km/l 11,2 km/l 14,6 km/l 10,4 km/l
Consumo a 100 km/h 14,2 km/l 10,3 km/l 14,3 km/l 10,2 km/l 12,5 km/l 9,0 km/l
Consumo a 120 km/h 12,5 km/l 9,1 km/l 12,6 km/l 9,1 km/l 10,7 km/l 7,7 km/l
Os resultados de consumo não devem ser comparados aos de avaliações até agosto de 2004; melhores resultados em negrito; NA = não aplicável; conheça o simulador e os ciclos de consumo
Dados dos fabricantes
  Classic Siena Logan
gas. álc. gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima 161 km/h 163 km/h 154 km/h 155 km/h 160 km/h 161 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 14,8 s 14,4 s 17,3 s 17,1 s 14,3 s 14,2 s
Consumo em cidade 13,3 km/l 9,5 km/l 13,0 km/l 9,2 km/l ND
Consumo em estrada 17,8 km/l 12,8 km/l 17,2 km/l 12,8 km/l ND
ND = não disponível
Comentário técnico
> Os três motores contam com vários anos no mercado. Esta versão da Renault apareceu em 2001 no Clio, com novidades como quatro válvulas por cilindro (embora haja apenas um comando) e seu acionamento por alavanca roletada. Tornou-se flexível em combustível em 2005 e assim chegou ao Logan. É o único dos três apto a funcionar normalmente com gasolina sem álcool, como a vendida em outros países.

A Fiat lançou a família Fire em 2000 e, quatro anos depois, chegou ao 1,0-litro flexível. O motor Família I da GM, por sua vez, começou em 1994 no Corsa, ganhou alta taxa de compressão em 2002 (versão VHC) e passou a rodar com gasolina e/ou álcool em 2006.

> Como habitual nesta faixa de cilindrada, todos conseguem relação r/l muito favorável. A melhor é a do Classic, 0,242, seguida pelas de Logan (0,273) e Siena (0,289).

> O Logan usa caixa de câmbio exclusiva, fabricada no Chile e com entrada mais alta da haste seletora.
Isso faz com que a oscilação do conjunto motopropulsor não afete a alavanca, de modo a eliminar os movimentos para trás e para frente conhecidos no Clio.

> Apesar de ter a assumido a aparência externa das versões superiores, o Siena Fire é mais simples em termos mecânicos, pois mantém elementos da primeira série do modelo, produzida até 2000. É o caso do comando de embreagem a cabo, em vez do hidráulico em uso desde 2001 no restante da linha, e da central elétrica, que não é integrada como nos demais.

> A plataforma do Logan tem componentes em comum com a do Clio brasileiro e com o europeu de terceira geração. A suspensão dianteira conta com subchassi, assim como a do Siena, mas não a do Classic — a GM o adotou apenas no Corsa lançado aqui em 2002. Uma curiosidade é que o estabilizador dianteiro não equipa a versão de entrada Authentique do Renault (e o Siena Fire sem direção assistida), mas o traseiro sim. O Classic usa-o só na frente.

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