Bem definido em conforto e
estabilidade, o Pallas só incomoda ao fazer curvas em piso ondulado; os
faróis opcionais de xenônio incluem facho autodirecional
Também com xenônio como opção, o
Jetta recorre a suspensão traseira mais moderna, mas na prática se
equivale ao C4 em maciez e comportamento dinâmico |
O
Citroën tem a peculiaridade de indicar (no conta-giros) a marcha em uso
mesmo em operação automática, mas o VW possui seis marchas, ante quatro
do oponente. O resultado é melhor aproveitamento do motor, com as cinco
primeiras marchas algo curtas e a sexta bem longa, para rotação bastante
baixa em
viagem. O curioso é que — pelas características de potência e torque — o Pallas é que deveria ter mais marchas, não o contrário. E sua alavanca,
com pomo em forma triangular, não é muito agradável de usar.
A suspensão traseira do Jetta (saiba
mais) favoreceria seu comportamento dinâmico e conforto de marcha,
mas na prática o Pallas não fica atrás e agrada bastante nos dois
aspectos, com a ajuda dos bem escolhidos pneus 215/55-16 (205/55-16 no
concorrente, também corretos). Nenhum deles usa
batente hidráulico nos amortecedores, o
que causa indesejado ruído ao transpor lombadas com rapidez, mas no
Citroën isso raramente se manifesta. No VW os amortecedores poderiam ser
mais firmes.
A assistência elétrica de direção do Jetta e a
eletroidráulica do Pallas trazem bom
resultado, com maciez em baixa velocidade e precisão em alta, mas os
franceses não previram um problema brasileiro: a transmissão de impactos
ao volante quando se fazem curvas em piso ondulado, tão comum por aqui.
É um dos carros mais críticos nesse aspecto entre os que o Best Cars
já avaliou — e a culpa não é dos pneus do sedã, já que o C4 VTR
com moderados 195/65-15 sofre do mesmo problema. Os dois modelos vêm com
controles de estabilidade e tração, que podem ser desativados.
Freios bem dimensionados equipam ambos, com discos nas quatro rodas,
sistema antitravamento (ABS), distribuição
eletrônica de pressão e, no Citroën, assistência adicional mecânica
em frenagens de emergência (saiba mais).
Ambos podem ter faróis com lâmpadas de
xenônio, que atendem a ambos os fachos em um mesmo refletor
elipsoidal. Há outro refletor, de
superfície complexa e com lâmpada
halógena, para relampejar o facho alto — a de xenônio tem acendimento
muito lento para tal função — e que no C4 também se acende com os faróis
nessa posição. Os dois trazem lavador de alta pressão e corretor
automático de altura de facho, mas o Pallas acrescenta sistema
autodirecional, que traz eficiente
iluminação em curvas (o carro avaliado, de pré-série, não tinha as
lâmpadas de xenônio, que no entanto fazem parte do pacote com que veio
equipado).
Faróis e luz traseira de neblina, terceira luz de freio e repetidores
laterais das luzes de direção equipam os dois modelos. No Jetta é digna
de nota a adaptação de luzes âmbar na traseira para o mercado nacional,
embora o carro feito no México para venda nos Estados Unidos as tenha
vermelhas, como no Ford Fusion e no Nissan Sentra. A VW também não
esqueceu no "pacote Brasil" o retrovisor esquerdo
biconvexo, ainda melhor que o convexo do
C4. Ainda em visibilidade, as colunas dianteiras avançadas do Pallas a
prejudicam um pouco.
Em segurança passiva há equilíbrio, com
seis bolsas infláveis nos carros avaliados (frontais, laterais
inferiores dianteiras e cortinas, sendo as quatro últimas opcionais no
Citroën) e cinto de três pontos para todos os ocupantes, com aviso
sonoro para lembrar o motorista de afivelar o seu. Já o encosto de
cabeça central traseiro está ausente do C4.
Continua
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