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Comparativo Completo
Preços
  Civic Golf
Básico 99.500 91.525
Como avaliado 99.500 101.465
Completo 99.500 113.570
Preços públicos sugeridos, em reais, vigentes em 12/7/07; consulte o preço dos opcionais em:
www.honda.com.br www.volkswagen.com.br
Pinças de freio vermelhas vêm com as rodas de 17 pol opcionais do GTI; ambos
têm controle de estabilidade de série, com botão no painel para desativação
Equipamentos de série e opcionais
  Civic Golf
Ajuste de altura dos bancos mot./pas. S/ND S/S
Ajuste de apoio lombar mot./pas. ND S/S
Ajuste do volante em altura/profundidade S/S S/S
Ajuste elétrico dos retrovisores S S
Alarme antifurto/controle a distância S/S S/S
Aquecimento S S
Ar-condicionado/controle automático S/S S/S
Bancos/volante revestidos em couro ND/S O/S
Bolsa inflável mot./pas./laterais/cortinas S/S/ND/ND S/S/S/O
Câmbio automático ND O
Comando interno do porta-malas S ND
Computador de bordo ND S
Conta-giros S S
Controlador automático de velocidade S S
Controle de tração/estabilidade S/S S/S
Controle elétrico dos vidros diant./tras. S/S S/S
Controles de áudio no volante S ND
Direção assistida S S
Faróis de neblina S S
Freios antitravamento (ABS) S S
Imobilizador eletrônico S S
Limpador/lavador do vidro traseiro NA S
Luz traseira de neblina ND S
Rádio com toca-CDs/MP3 S/S S/S
Relógio S S
Repetidores laterais das luzes de direção S S
Rodas de alumínio S S
Terceira luz de freio S S
Teto solar/comando elétrico ND O/O
Travamento central das portas S S
Vidros verdes S S
Convenções: S = de série; O = opcional; ND = não disponível; NA = não-aplicável
Comentário técnico
> O comando de válvulas variável i-VTEC do Si não é igual ao das versões de 1,8 litro do Civic. Primeiro por se tratar de duplo comando, com uma árvore para admissão e outra para escapamento. Segundo porque no esportivo a Honda não quis suavizar o ponto de "troca de comando", quando as válvulas assumem tempo de abertura e levantamento mais adequados às altas rotações: a transição é bem percebida logo acima de 6.000 rpm.

Esse motor, sem dúvida o mais moderno dos usados em carros nacionais, traz ainda bloco de alumínio, variador de posição do comando de admissão, coletor de escapamento 4-2-1, taxa de compressão elevada (11:1) e árvore de balanceamento. O coletor de admissão é de alumínio, em vez de plástico, mas não tem a geometria variável do 1,8. Embora os índices de potência e torque anunciados sejam obtidos com gasolina comum, de 95 octanas RON, a Honda recomenda — na tampa do tanque inclusive — que se use a premium, de 98 octanas, com a qual se ganham 3 cv.

> No conhecido motor turbo de cinco válvulas por cilindro (três para admissão, duas para escapamento) do GTI, usado desde 1998, a única novidade é o aumento de potência (de 180 para 193 cv) e de torque (de 24 para 25,5 m.kgf) obtido com gasolina premium ou superior. O aumento vem da maior pressão do turbo — de 0,7 para 0,8 bar — e de novo mapeamento de ignição. O sinal de pré-aviso usado em motores flexíveis, de que entrou combustível no tanque, neste caso serve para deixar o comando eletrônico do motor em alerta para mudança na octanagem, que é então detectada pelo sensor de detonação. Se usada gasolina comum, a pressão volta para 0,7 bar e perde-se em torno de 7 cv.

> O câmbio de seis marchas do Si (o terceiro em carro nacional, depois do extinto Siena 6 Marchas e do Mégane 2,0 atual) teve as relações definidas como 5+E, isto é, chega-se à velocidade máxima em quinta, ficando a sexta para baixa rotação em viagem. As primeiras cinco são tão curtas que a quinta chega a produzir mais rotações que a quarta do GTI. Já a sexta é nada menos que 28% mais longa que a quinta, produzindo queda acentuada de rotação ao ser engatada.
Incluindo o diferencial na conta, as cinco primeiras marchas são bem mais curtas que as do Civic LXS, mas a sexta é praticamente igual à quinta da outra versão... e à do Golf. As semi-árvores de transmissão têm o mesmo comprimento, medida para evitar o esterçamento por torque, e o diferencial é autobloqueante.

> A direção com assistência elétrica do Honda — em vez de hidráulica como nos demais Civics — destina-se tanto a reduzir o consumo de potência quanto a obter uma caixa mais compacta, pois o bloco do motor 2,0 é maior. A relação muda pouco, de 13,7:1 para 13,6:1. Os freios dianteiros passam de 260 para 300 mm de diâmetro e os pneus 205/55 R 16 V dão lugar a 215/45 R 17 V, sempre Michelin Pilot Preceda (a unidade avaliada usava Yokohama A-Drive R1 por dificuldade de reposição).

> Ao contrário do Si original americano, o brasileiro mantém a altura de rodagem e o curso de molas das outras versões do carro, para melhor adaptação às lombadas e valetas que infestam nossas vias. De resto, a suspensão foi toda recalibrada: molas 17% mais duras nos dois eixos, amortecedores mais firmes (em 45% à frente e 40% atrás), estabilizadores mais grossos (104% mais resistente à torção o dianteiro e 465% o traseiro). A espessa barra usada atrás serve para mais que reduzir a inclinação da carroceria: diminui o comportamento subesterçante dos demais Civics, deixando o Si mais neutro.

> No Golf, chama atenção o código de velocidade H dos pneus Michelin Pilot HX MXM4, de procedência americana, em medida 225/45 R 17. Significa que estão homologados (para uso contínuo e com carga total, note-se) apenas até 210 km/h, mas o carro vai além por quase 20 km/h. Não é a primeira vez que isso acontece no Brasil — era assim no antigo Vectra GSi —, mas pneus com o código adequado (V, para 240 km/h) estão disponíveis em diversas marcas por aqui, o que torna a decisão da VW injustificável. Pode-se, porém, imaginar duas razões: uma, o uso dos pneus que equipavam o GTI exportado até há algum tempo para os Estados Unidos, onde é comum o código H; outra, a prioridade do fabricante a um rodar suave e silencioso, que seria prejudicado pelo código superior.

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