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CR-V: estilo mais criativo na linha superior das janelas e nas lanternas, mas detalhes como grade e para-choque dianteiro dividem opiniões

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Tiguan: elementos típicos da marca, nas seções dianteira e traseira, aplicados a uma carroceria de desenho sóbrio com bons resultados

Concepção e estilo

O CR-V é, ao lado do Toyota RAV4, um veterano entre os utilitários esporte médios derivados de automóveis. Foi em 1996 que a Honda apresentou a primeira geração do modelo, cujo nome-sigla é definido pela marca como Comfortable Runabout Vehicle (veículo confortável do tipo runabout, que curiosamente indicava um conversível de dois lugares com banco inteiriço, muitas décadas atrás), embora em alguns mercados a mesma Honda use a definição de Compact Recreational Vehicle ou veículo compacto para recreação.

A segunda geração foi mostrada em 2001 e esta terceira em 2006, sendo feita hoje em nada menos que oito fábricas: Sayama, Saitama, no Japão; Swindon, na Inglaterra; East Liberty, Ohio, nos Estados Unidos; El Salto, Jalisco, no México, de onde vem para o Brasil; Ping-Tung, em Taiwan; Ayutthaya, na Tailândia; Vinh Phuc, no Vietnã; e Wuhan, na China.

O caso do Tiguan é bem diferente: a VW ficou de fora da categoria média até 2007, quando apresentou o modelo hoje fabricado em Wolfsburg, Alemanha (de onde vem o nosso); Kaluga, Rússia; e Xangai, China. Seu nome, que também causa curiosidade, une as palavras tigre e iguana (leguan em inglês), de acordo com a marca. Assim como o CR-V usa uma plataforma derivada da que serve ao Civic, o Tiguan recorre a uma variação da arquitetura dos atuais Golf — o europeu, claro —, Eos e Passat, só que com distância entre eixos específica.

Ambos têm desenho moderno e que cumpre o objetivo habitual desses veículos: transmitir robustez e imponência. O Tiguan está bem integrado ao estilo atual da VW nos faróis e lanternas, embora a integração visual da grade com a entrada de ar inferior do para-choque seja um recurso em desuso pela marca nos últimos lançamentos. A carroceria em si é sóbria, sem recursos estéticos que chamem atenção, mas com bom resultado.

E o CR-V? Enormes faróis, lanternas traseiras verticais nas colunas e a linha curva do topo dos vidros laterais (que sugere a área envidraçada de um cupê, apesar do teto retilíneo) mostram que a Honda quis se destacar pelas soluções visuais, ainda que correndo o risco de não agradar. Os pontos mais críticos a nosso ver são o para-choque dianteiro quando visto de lado, com um ângulo não usual, e o vão abaixo da grade dianteira, onde parece faltar um pedaço do para-choque — mas o detalhe deve ter seus apreciadores, já que na remodelação dessas duas peças no modelo 2010 a Honda manteve o espaço.

O Tiguan tem coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,36, dentro da média do tipo de veículo; o do CR-V não é informado pelo fabricante, mas se acredita que esteja próximo desse valor. Com área frontal pouco menor, o VW sairia em vantagem na multiplicação dos índices, com 0,99 ante 1,01 do Honda
ambos resultados nada animadores.

Conforto e conveniência

O interior dos dois modelos transmite boa impressão pelo emprego de revestimento em couro nos bancos (de série apenas no CR-V), com ligeira vantagem para o Tiguan no aspecto e tato dos materiais plásticos. São usados painéis com desenhos simples e funcionais, o que já seria esperado de um VW, mas no Honda bem haveria espaço para algo mais ousado como o do Civic. Interessante no CR-V a extensão que abriga a alavanca de câmbio, enquanto a do oponente fica mais baixa, no console, sem que isso incomode. No Tiguan os oito difusores de ar, o dobro do usual, permitem usar várias direções ao mesmo tempo.

O motorista encontra bom volante de três raios com regulagem em altura e distância, pedais em posição correta, apoio adequado para o pé esquerdo e um banco bem desenhado nos dois carros, com amplos apoios laterais, mas só o do Tiguan traz ajuste elétrico, que abrange altura, inclinação do assento, reclinação do encosto e até apoio lombar (este ajuste e o de altura aplicam-se também ao banco do passageiro, só que manuais). No CR-V nem mesmo há ajuste lombar, mas deveria, pois o apoio nos pareceu mais intenso do que o ideal.

Os instrumentos são semelhantes em disposição e funções, em que o amplo mostrador digital no centro serve ao computador de bordo. Este é um tanto limitado no CR-V, apenas com autonomia e consumo médio (em duas medições, o que no Tiguan vale para também para distância, tempo e velocidade média), além de um indicador gráfico de consumo instantâneo. Os marcadores de combustível e temperatura do Honda, também digitais, têm fácil leitura pelo uso de dígitos brancos sobre fundo azul. O VW pode exibir até a temperatura do óleo do motor naquele mostrador. Se ambos vêm com rádio/toca-CDs que armazena seis discos no painel, o equipamento opcional do Tiguan (vinculado ao auxílio de estacionamento) mostra qualidade de reprodução superior e excelente interface com o usuário. Continua

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