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Ainda atualizada com a européia, a Meriva tem formas angulosas e os maiores comprimento, largura e altura

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As linhas do Fit não são bonitas, mas fizeram adeptos e expressam simpatia; já há nova geração no exterior

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A 206 SW combina detalhes originais a um desenho frontal que, embora lançado em 1998, não está superado

 

Concepção e estilo

São três modelos bem conhecidos e relativamente atuais. O Fit foi lançado no fim de 2001 no Japão e na Europa e chegou ao Brasil um ano e meio depois. A segunda geração, apresentada há pouco, deve ser produzida aqui ainda este ano. A Meriva apareceu para nós em agosto de 2002, meses antes de sair no mercado europeu, onde ainda é vendida com as mesmas formas. E a 206 SW, derivada do hatch produzido desde 1998 na França, demorou a surgir — em 2002 lá, três anos depois aqui —, mas já deu lugar na linha européia à 207 SW. A versão nacional deve passar por mudanças este ano para ficar mais parecida com a sucessora francesa.

Seus formatos e escolas de estilo são diferentes. A Meriva é volumosa, alta e larga e tem linhas mais angulosas para transmitir robustez, dentro do padrão que vigorou na Opel alemã na primeira metade da década. A 206 SW vai pelo caminho oposto: uma perua baixa, de formas arredondadas e certo ar esportivo, além de detalhes originais como as lanternas traseiras "bumerangue" e as maçanetas traseiras disfarçadas nas colunas. O Fit segue a mesma definição de monovolume da Meriva, mas é arredondado como a 206, mais sóbrio que ela em ousadia e fica no meio-termo em altura.

Se não podem ser considerados expoentes em estilo, é fato que os três encontraram boa aceitação, cada um em seu perfil de público. Segundo os fabricantes, o Fit tem coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,32, ante 0,33 da Meriva e da 206 SW, mas a área frontal é menor nesta última e no Honda.

Conforto e conveniência

Sem alterações desde o lançamento (em 1999 no caso da linha 206), o desenho interno dos três já não transmite modernidade, mas está dentro do contexto. Os materiais de acabamento são melhores no Fit que nos outros, mas a Meriva tem o revestimento de bancos mais agradável, aveludado. A 206 SW traz a parte traseira dos encostos em vinil, inadequado a  esta faixa de preço.

O Honda acomoda melhor o motorista quanto à disposição de banco, volante (único revestido em couro) e pedais. Na Chevrolet há mais espaço para pessoas de grande estatura, mas não agradam o volante sem ajuste de altura (único no grupo), a posição baixa da alavanca de câmbio e a forma de regulagem do banco em altura, em que se aplica mais ou menos peso do corpo para chegar ao ponto desejado. Na Peugeot o volante está um pouco distante e a reclinação do encosto por alavanca, em pontos definidos, não é ideal.

É da 206 SW o painel mais equipado: só ele tem sistema de verificação e controle e computador de bordo (o Fit informa apenas consumo médio), além de contar com indicadores de temperatura externa e do motor, ausentes do Honda. Pena que o computador forneça consumo no padrão europeu de litros/100 km, mas a iluminação alaranjada é agradável e funcional. A Honda adotou grafia e luz extravagantes na versão EX, em amarelo-ouro e branco. Como se acende já ao abrir a porta e aumenta ao ligar a ignição, a iluminação tem o efeito colateral de ajudar o motorista a se esquecer de acender faróis em locais escuros, pois o painel aceso faz parecer que já estão acesos. A GM abandonou — felizmente — o fundo branco nos instrumentos do acabamento Premium, mas manteve a luz amarelada de aspecto pobre. Os comutadores de faróis da Meriva (de empurrar) e da 206 (de puxar) são mais práticos que o do Fit (puxa-empurra).

Tradicional da marca, o controle elétrico dos vidros da Meriva inclui função um-toque e sensor antiesmagamento em todos, temporizador e fechamento automático ao travar o carro por fora. De todos esses recursos, apenas o um-toque para o vidro do motorista (e só para descida no Fit) equipa os demais modelos. Na 206 SW deveria melhorar a posição dos comandos: ficam no console, até mesmo os traseiros, quando o ideal é nas portas. O Fit EX ganhou na linha 2007 um rádio/toca-CDs de tamanho duplo e estética chamativa, típico do mercado de acessórios, mas esqueceu a função MP3 — que também não equipa os concorrentes. Na Meriva não há mais opção de rádio de fábrica, sendo instalado em concessionária. Ao menos, nela e na 206 é possível usar o som com a ignição desligada, ao contrário do Fit.

Exclusivos da Meriva são alarme com ultrassom, mesinhas para o banco traseiro, tomada de 12 volts para esses ocupantes (embora fossem duas em anos anteriores) e destravamento da porta do motorista em separado. Só a 206 tem controle automático de temperatura do ar-condicionado, comandos de áudio junto ao volante, vidro traseiro com abertura independente da tampa, acionamento automático de faróis e limpador de pára-brisa e faróis com temporizador. O Fit não se destaca em nenhum recurso. Continua

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