Prisma: traseira imponente em
uma carroceria compacta e algo antiga
Siena: bom resultado com nova
frente e traseira inspirada na dos Alfas
Fiesta: dianteira remodelada
faz bom conjunto com o restante inalterado
Logan: linhas discretas, com
aspecto mais antigo, e o maior entreeixos |
Concepção e
estilo
O Siena é nosso velho
conhecido. Foi lançado em 1997 como parte da família Palio, projeto
mundial da Fiat para países menos desenvolvidos, e passou por
atualizações de estilo em 2001, 2004 e agora em 2007. Todas elas
limitaram-se à frente e à traseira, embora desta vez haja novos vincos
nas laterais. É também a primeira vez em que a aparência frontal se
diferencia da adotada no Palio. O desenho original, que somava um
porta-malas saliente ao projeto do estúdio italiano I.DE.A., foi
reformulado pelo renomado Giugiaro e agora pelo próprio centro de estilo
da Fiat.
O Fiesta Sedan de segunda geração chegou em 2004 como sucessor do antigo
modelo mexicano, de pouco sucesso. A traseira do sedã foi desenho
brasileiro sobre o hatch lançado na Europa em 2001, mas tanto a frente
anterior quanto a atual — apresentada em 2007 — são também obras da Ford
local.
O Prisma é projeto integral da General Motors brasileira. Da plataforma
do segundo Corsa, lançado em 1993 na Europa, surgiu em 2000 o Celta, que
seis anos depois ganhou nova frente e deu origem ao sedã. Dos quatro, o
único vendido no exterior com estilo idêntico ao do nacional é o Logan,
modelo de baixo custo lançado em 2004 pela Dacia (marca romena integrada
em 1999 ao grupo Renault) e que no ano passado ganhou versão nacional.
Quais agradam mais? Pelo que pudemos perceber na avaliação, foi ampla a
aprovação ao novo Siena, ao contrário do que ocorreu no ano passado com
o Palio reestilizado. A frente ganhou o ar imponente que falta ao hatch,
com faróis do tipo elipsoidal, e a
traseira mostra inspiração em sedãs Alfa Romeo com bons resultados. Pena
que a altura de rodagem seja algo exagerada do ponto de vista estético.
Também se percebe que as rodas traseiras estão muito à frente, ao
contrário do Logan, que as tem claramente recuadas.
O Fiesta também agradou bastante, sem que a nova frente destoe da
traseira inalterada. No caso do Prisma, a parte posterior — que
para alguns foi inspirada no Vectra, mas para nós lembra mesmo o Renault
Mégane — tem aprovação da maioria, mas falta harmonia com o restante: o
carro parece muito compacto para um porta-malas tão imponente e as
largas colunas traseiras. O último
lugar em estilo, pelo que detectamos, fica mesmo com o Logan e suas
linhas tradicionais, quase ultrapassadas.
O Prisma tem o melhor coeficiente aerodinâmico
(Cx) informado, 0,31, embora seja difícil acreditar em tal melhora
em relação ao antigo Corsa (0,34) com as mesmas formas básicas. Logan e
Fiesta estão empatados, com o modesto valor de 0,36, e no Siena pode-se
supor que continue o de 0,33 divulgado para o primeiro modelo do Palio.
Multiplicados pela área frontal estimada, que é o que importa, esses
coeficientes resultam em 0,68 no Chevrolet, 0,72 no Fiat, 0,83 no Ford e
0,89 no Renault.
Conforto
e conveniência
A posição intermediária
destes modelos na categoria de pequenos fica evidente nos interiores: há
algum cuidado a mais no acabamento e nos detalhes do que se vê na base
do segmento. Logan, Fiesta e Siena (com pacote opcional no caso destes
dois) trazem revestimento de bancos em tecido aveludado, em vez do áspero do
Prisma. O carro da Ford combina esse tecido ao couro em uma solução de
bom gosto, mas sem esse opcional vem em tecido simples. Em termos de plásticos,
apesar da evolução notada no Fiesta no ano passado, não há requinte em
nenhum deles.
Continua
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