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Carros do Passado

Em dezembro de 1934, já com a denominação Traction Avant (tração à frente), era apresentado o 7C, com um motor mais potente: 1.628 cm³ e 36 cv. Era alimentado por um carburador Solex 30 em posição invertida e vinha com tanque de 45 litros. Em 1935 já havia um sistema de escapamento melhor e uma suspensão  mais evoluída, com amortecedores telescópicos e estabilizador. Chegava também mais um modelo: o 11 Légère, que faria muito sucesso em todo o mundo. Adotando o motor de 1.911 cm³ chegava a 110 km/h. Por fora destacavam-se os grandes faróis circulares, com molduras cromadas e lentes planas.

O 11 B, evolução do 11, também oferecia a versão cupê esportiva, chamada de Faux Cabriolet (falso conversível), com dois lugares mais o "banco da sogra"

Em 3 de julho de 1935 morria André Citroën. O grande homem não viveu para acompanhar o sucesso de seus carros. Em outubro de 1937 era lançada a versão Commerciale, uma Familiale sem os pequenos bancos adicionais. Disponível só na cor preta, a porta traseira era dividida e muito ampla; o último banco podia ser rebatido para aumentar em muito o volume de carga. Podia carregar até 500 kg. O modelo 11 Légère passava a se chamar BL e o 11 tornava-se 11 B.

Seis cilindros   Para aproveitar a notável estabilidade, um motor de seis cilindros em linha era oferecido no 15 Six em 1938. Praticamente um quatro-cilindros e meio, tinha 2.867 cm³ (com diâmetro e curso idênticos, 78 x 100 mm), potência de 76 cv a 3.800 rpm, um carburador Solex de corpo duplo, também em posição invertida, e velocidade final de 130 km/h. Podia atingir 100 km/h em segunda marcha e seu tanque comportava 70 litros. O motor bem mais pesado, contudo, o deixava menos brilhante em estabilidade.

Na ausência do V8, o 15 Six de seis cilindros trazia ganho expressivo em desempenho. Este modelo, de 1954, já adotava suspensão traseira hidropneumática, como no DS lançado um ano depois

Na Inglaterra o modelo foi construído na cidade de Slough e era chamado "the big Six" (o grande Seis). E sua fama de "rei das estradas" estava definitivamente consagrada na Europa e fora deste continente. Também entravam em cena as rodas Pilote, criadas pela Michelin, que só tinham um parafuso central. Recebiam pneus 185 x 400. No interior, bancos dianteiros volumosos e apoio de braço central traseiro acrescentavam conforto. Continua

Aventura

Muito famosos, os intrépidos do Tracbar já rodaram o mundo. Trata-se de um grupo de "citroënistas" que levam seus Tractions para reides na Austrália, Estados Unidos e África. No da Austrália foram selecionadas 35 famílias de "tractionistas" da França, Suíça, Alemanha e Caribe para participar do Tracbar Dundee 2000. Percorreram 7.000 quilômetros, atravessaram os grandes desertos de Victoria e Simpson e ainda as famosas e místicas Gunbarrel Highway e Birdsville Track. O modelo mais antigo era de 1936 e o mais novo de 1954. Todos completaram a prova. A primeira edição havia sido em 1998.

Em 2002 foram em terras americanas. O Rallye Tracbar Yankee 2002 começou em 19 de julho daquele ano. O grupo formado por 30 equipes partiu de Los Angeles, na Califórnia, rodando boa parte na famosíssima Rota 66. Em 8 de agosto chegaram a Nova York, na costa oeste dos Estados Unidos. Neste ano a epopéia se repetiu.

 
No desfiladeiro

A Citroën sempre gostou de demonstrar a resistência de seus carros. E o Traction não escapou: enfrentou um teste de impacto no desfiladeiro. Jogado de uma altura considerável, capotou de frente algumas vezes até parar no plano. Voltou rodando para a fábrica sem maiores danos.

 
Lembranças e apetrechos
Na França, principalmente, há muito objeto com o tema Traction Avant para ser comprado. São pinturas, fitas de vídeo,  bonés, postais, chaveiros, camisetas, pôsteres, placas metálicas para fixar em paredes, relógios de parede e até termômetros. Perfeitos para aficionados pelo carro.
Para ler
Dernier tour du monde en 80 jours, à la rencontre d'André Citroën et de Jules Verne (A última volta ao mundo em 80 dias, reencontrando  André Citroën e Julio Verne) — por Jean-Jacques. Conta a história de uma prova de carros antigos realizada em 2000. De Londres partiram para rodar durante 80 dias, percorreram vários países da Europa, Ásia, Américas e África. O autor conta, em 192 páginas, sua aventura a bordo de um Traction 11B de 1953.

Icone Traction-Avant — de Dominique Bellière e Eric Massiet du Biest. O livro conta a história do modelo, desde 1934, com fotos inéditas de épocas diferentes. Muito detalhado, os amantes da marca ficarão de olhos arregalados.

A Rota 66 no Traction Avant. Conta a história  de famílias européias descobrindo o vasto território americano. São 194 páginas com mais de 200 belas fotos. Em francês e inglês.

Le Guide de la Traction - Volume 1 (1934-1942) — por J. Collignon. São 170 páginas com 250 ilustrações em preto e branco e cores. Traz muitas fotos e informações técnicas dos modelos 7, 11 e 22, sendo algumas inéditas. Seu lançamento é recente.

La Citroën Traction de mon père (O Citroën Traction de meu pai) — de Y. Buffetaut e A. Demetz. São 120 páginas com 240 fotos neste livro que reproduz vários documentos da época. Conta também a história da empresa, de 1934 a 1957, com seus problemas técnicos, comerciais e humanos. Muito bom.

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