Havia sete versões de motorização, que iam de 954 a 1.360 cm³. O motor vinha em posição transversal, tinha quatro cilindros em linha e tração dianteira. Em todas as cilindradas o comando de válvulas era no cabeçote e o virabrequim tinha cinco mancais. O menor desenvolvia 45 cv de potência a 6.000 rpm e sua velocidade máxima era de 140 km/h. Logo depois vinha o de 1.124 cm³ e 50 cv, para atingir 145 km/h.

Com a versão GTI, já em 1984, o 205 assumia um novo patamar de desempenho: potência de 105 cv, máxima de 190 km/h, de 0 a 100 em 9,8 segundos

No topo estavam os de 1.360 cm³. A versão SR tinha 60 cv a 5.000 rpm e torque de 10,9 m.kgf, suficientes para chegar a 150 km/h. O tanque tinha capacidade para 50 litros e seu consumo em estrada a 75 km/h era de 18 km/l, o que garantia ótima autonomia. A mais disposta, com a mesma cilindrada, era a GT, com 80 cv a 5.900 rpm e 11,2 m.kgf, que tinha dois carburadores. Chegava a 170 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 12,2 segundos. Seu peso era de 900 kg.

A estabilidade e a maneabilidade eram ótimas. Um carrinho muito esperto, fácil de estacionar e de driblar o trânsito. A direção era leve e não necessitava de assistência hidráulica. As rodas de alumínio eram bonitas e a medida dos pneus variava entre 135 SR 13, para a versão básica, até 165 SR 13 para a GT. A suspensão independente nas quatro rodas era do tipo McPherson à frente, com molas helicoidais; atrás tinha barras de torção transversais. Seus concorrentes, além dos já citados, eram o Citroën Visa, o Fiat Ritmo, o Mitsubishi Colt e o Renault 9. A versão a diesel chegava em setembro do mesmo ano, com motor de 1.769 cm³ e 60 cv e acabamentos GLD, GRD e SRD.

Painel completo, bancos esportivos e vários adereços deixavam o interior do GTI coerente com sua proposta, para competir com versões similares do Golf, Kadett e Citroën Visa

Em março de 1984, no Salão de Genebra, o grupo apresenta uma arma poderosa: o 205 GTI, com motor de 1.580 cm³ e 105 cv a 6.250 rpm. Na versão três-portas, que agora estava disponível para todas as motorizações, era bastante atraente. O motor era alimentado por injeção Bosch Jetronic e atingia o torque máximo de 13,7 m.kgf a 4.000 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos e alcançava 190 km/h. Picante! O coeficiente aerodinâmico (Cx), como dos demais modelos, era de 0,34, bom número em se tratando de um carro compacto.

A decoração da carroceria era discreta. No pára-choque dianteiro recebia um filete vermelho e, abaixo dele, faróis de longo alcance. Os filetes vermelhos também estavam nos frisos laterais e pára-choque traseiro. Era ligeiramente mais baixo que seus irmãos mais modestos e recebia belas rodas de alumínio de 14 pol com pneus de perfil baixo, na medida 185/60, Michelin MXV. Os freios dianteiros a disco eram ventilados.
Continua

Em escala

A Vitesse portuguesa caprichou. Fez o modelo de competição com as cores do patrocinador Pioneer, muito detalhado, na escala 1:24.

A Solido francesa, tradicional na fabricação de miniaturas muito fiéis, fez o 205 GTI de 1990 em várias cores. Em 1:24, bem detalhado.

A Bburago italiana produziu, na escala 1:25, o 205 Safári. Na cor amarela, tinha a decoração dos patrocinadores do Dakar. Sobre o teto, o pneu sobressalente era destaque. O mesmo, um pouco mais modesto, sem muitos detalhes, foi produzido na escala 1:43. Ambos amarelos e com o numero de inscrição 205.
No Brasil
O 205 chegou a ser importado em pequeno volume para nosso mercado, na década de 1990. Vinha da França em versões conversível de 1,4 e 1,9 litro e GTI 1,9, enquanto o hatch de 1,4 litro era trazido do Uruguai, aproveitando a isenção de Imposto de Importação para modelos fabricados no Mercosul. Embora tenha feito adeptos, não durou muito por aqui. Com a chegada do 106 a preços competitivos, a Peugeot deu prioridade ao modelo menor e retirou do mercado o 205, em 1997.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade