O último Chrysler da "série letra" foi o 300L de 1965, que exibia novas linhas e cada vez menores distinções para o Sport 300. Mais amplo, o carro transportava agora cinco passageiros, com teto rígido ou conversível e sempre duas portas. Os faróis passavam a retangulares e as rodas traseiras ficavam ligeiramente encobertas pelos pára-lamas. Com o fim da dupla carburação, o motor de 360 cv agora era o único, enquanto o Sport oferecia os de 315 e 360 cv. Para o ano seguinte a Chrysler decidiu encerrar a série, que já não seguia o conceito esportivo de 1955. Nesse período a Chrysler produziu 14.268 unidades com teto rígido e 2.588 conversíveis.

No último modelo da série, o 300L de 1965, formas discretas e um único motor de 360 cv: depois dele, a Chrysler ficaria só com o 300 básico

O 300 "sem letra" permaneceu com quatro opções de carroceria e apenas o motor 383, em versões de 325 e 365 cv. Para 1967 chegava o enorme V8 de 440 pol³ (7,2 litros), com carburador de corpo quádruplo e 350 cv, mas havia a versão TNT com 25 cv adicionais. Um ano depois o carro recebia faróis ocultos pela grade, e em 1969, nova carroceria com dimensões ainda mais avantajadas. Em 1970, sem grandes mudanças, foi oferecido o 300 Hurst, série de 501 unidades criada em parceria com a fábrica de comandos de câmbio especiais. Trazia pintura em dois tons (branco e dourado), rodas esportivas, defletor traseiro e, claro, comando Hurst para o câmbio automático de três marchas. O motor era o TNT de 375 cv. O ano seguinte foi o último para o 300, já sem versão conversível.

Uma tentativa de reviver aqueles bons tempos foi feita em 1979. Em meio a um cenário de carros desinteressantes e pouco potentes no mercado americano, a Chrysler tentou trazer de volta o apelo da "série letra" com o 300, um cupê da linha Cordoba, já com quatro anos de vida e sem atrativos. Decorado com as cores da bandeira dos EUA e dotado do motor V8 de 360 pol³ (5,9 litros), que desenvolvia parcos 195 cv (líquidos, porém), estava longe do glamour e da esportividade de seus antepassados.



Depois da fracassada tentativa de reedição em 1979 -- o 300 da linha Cordoba, ao lado --, a "série letra" voltava em 1998 com o 300M, acima, que contrariava as tradições: quatro portas, motor V6 transversal, tração dianteira

O modelo que viria na seqüência à "série letra", o 300M, acabou por demorar 33 anos desde o encerramento da linha. Em 1998 ele surgia, muito diferente dos anteriores: um sedã de quatro portas, tração dianteira e motor V6 transversal de 3,5 litros e 253 cv. Um carro de alto desempenho, sem dúvida, mas sem os elementos fundamentais de seus antepassados. Assim, foi com euforia que os admiradores dos clássicos 300 receberam, em 2003, a apresentação do novo 300C, o grande sedã de formas retilíneas, tração traseira e motor V8. São 340 cv na versão de 5,7 litros e 425 cv na de 6,1 litros, a esportiva SRT-8.

Meio século depois, o espírito do primeiro 300 ainda vive. E desperta paixões.

Ficha técnica
_ 300 (1955) 300C (1957) 300G (1961)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 96,7 x 92,2 mm 101,6 x 99 mm 106,2 x 95,3 mm
Cilindrada 5.425 cm3 6.425 cm3 6.768 cm3
Taxa de compressão 8,5:1 10,1:1 10:1
Potência máxima 300 cv a
5.200 rpm
390 cv a
5.200 rpm
400 cv a
5.200 rpm
Torque máximo 48,6 m.kgf a
3.200 rpm
60,2 m.kgf a
4.200 rpm
65,3 m.kgf a
3.600 rpm
Alimentação 2 carburadores de corpo quádruplo
CÂMBIO
Tipo, marchas e tração automático,
2, traseira
automático,
3, traseira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a tambor
SUSPENSÃO
Dianteira e traseira independente / eixo rígido
RODAS
Pneus 5,50-15 6,50-14 8,00-15
DIMENSÕES
Comprimento 5,56 m 5,58 m
Entreeixos 3,20 m
Peso 1.930 kg 1.920 kg 1.960 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 200 km/h ND ND
Aceleração de 0 a 96 km/h 10,0 s 7,7 s ND
ND = não disponível

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