Mudança de endereço   Em meados de 1978 concretizava-se a aquisição da Alfa Romeo pela Fiat, quando a produção fluminense era transferida para Betim, MG. A compra encerrava uma longa fase de indefinição, durante a qual surgiram hipóteses diversas, da absorção pela Volkswagen ao encerramento da produção do 2300. A mudança de "casa" permitiu melhorar o nível de ruído e a proteção contra corrosão, mas não serviu para reduzir seu preço: em setembro era de Cr$ 225,7 mil para o B e Cr$ 288,2 mil para o ti, perdendo apenas da linha Galaxie/Landau (de Cr$ 253,8 mil a Cr$ 314,6 mil). O Opala Comodoro 4,1 custava Cr$ 173,5 mil, e o Dodge Gran Sedan V8, Cr$ 193,3 mil.

Dos boatos de que sairia de linha ao da absorção pela Volkswagen, muito se especulou sobre o futuro da Alfa Romeo até a compra pela Fiat, em 1978, que levava a produção para Betim, MG

Os modelos 1980 começavam a se render às tendências da época: pára-choques pretos substituíam os cromados e o 2300 ti ganhava uma pintura preta emoldurando as janelas laterais, diferenciando-o do B. Um ano depois vinha a versão a álcool, com 145 cv e 23 m.kgf — números intermediários entre os do B e os do ti4, como passava a se chamar a versão a gasolina com carburação dupla. Apresentado como ti, o Alfa a álcool usava carburador único como o 2300 B e não teve grande sucesso comercial. Outra novidade era a direção com assistência hidráulica progressiva, que se tornava mais firme em alta velocidade, eliminando uma tradicional crítica a sistemas assistidos.

O Alfa estava ainda mais caro: vendido a Cr$ 1,417 milhão em março de 1981, o ti4 só não superava o Landau (Cr$ 1,547 milhão), mas deixava para trás o Ford LTD (Cr$ 1,321 milhão), o Dodge Magnum (Cr$ 1,089 milhão) e o Diplomata 4,1 da GM (Cr$ 1,064 milhão). O preço do 2300 não incluía o revestimento dos bancos em couro e o controle interno dos retrovisores, opcionais. E era o único entre eles sem oferta de câmbio automático.

Grade, lanternas traseiras e pára-choques tentavam atualizar o 2300 para 1985, sem muito sucesso: dois anos mais tarde ele saía de linha, encerrando o ciclo Alfa na indústria nacional

Para 1983 a versão ti4 tornava-se a única disponível, carregando o brasão da marca italiana junto ao exclusivo quadrifoglio. Entretanto, com quase uma década de mercado, o 2300 mostrava claros sinais de desgaste. Uma tentativa de rejuvenescê-lo era feita na linha 1985, que recebia pára-choques envolventes, nova grade dianteira e lanternas traseiras maiores. As mudanças não apenas eram insuficientes para lhe dar um ar de anos 80, como também geravam dissonância com o desenho superado da carroceria.

Em novembro de 1986, diante da contínua queda de vendas e da inviabilidade de substituí-lo por um novo projeto, a Fiat tirava o 2300 de produção e extinguia no Brasil a marca Alfa Romeo, que voltaria quatro anos depois com o 164 importado da Itália. Passava à história o sedã luxuoso e de temperamento esportivo que, durante 12 anos, representou para muitos o melhor automóvel brasileiro.

Ficha técnica
_ 2300 (1974) 2300 ti (1977)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 4 em linha
Comando e válvulas por cilindro duplo no cabeçote, 2
Diâmetro e curso 88 x 95 mm
Cilindrada 2.310 cm3
Taxa de compressão 7,5:1
Potência máxima bruta 140 cv a 5.700 rpm 149 cv a 5.700 rpm
Torque máximo bruto 21 m.kgf a 3.500 rpm 23 m.kgf a 3.500 rpm
Alimentação carburador de corpo duplo 2 carburadores de corpo duplo
CÂMBIO
Marchas e tração 5, traseira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido
RODAS
Pneus 185 SR 14
DIMENSÕES
Comprimento 4,69 m 4,71 m
Entreeixos 2,73 m
Peso 1.360 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 170 km/h 175 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,7 s 10,8 s
Dados do fabricante

Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade