Bancos envolventes, volante de três raios, painel completo: o interior do Ascona SR, então bem superior ao do Monza, seu equivalente no Brasil

Os motores pertenciam a uma nova geração, com comando no cabeçote e soluções técnicas bem atuais. No primeiro ano eram oferecidos os de 1,3 litro, com 60 cv/9,6 m.kgf ou 75 cv/10,5 m.kgf, e os de 1,6 litro, com 75 cv/12,5 m.kgf ou 90 cv/13,7 m.kgf. Todos usavam carburador, sendo o de corpo duplo e uma maior taxa de compressão os responsáveis pelo aumento de potência disponível para cada cilindrada. Um 1,6 a diesel fornecido pela japonesa Isuzu, de tímidos 54 cv e 10 m.kgf, vinha um ano depois. O câmbio podia ser manual de quatro marchas ou automático de três, este não disponível para o motor básico. Nas suspensões, reformulação total: a dianteira passava a McPherson e a traseira usava eixo de torção, bem superior ao rígido das antigas gerações.

O Ascona C logo tornou-se o carro médio mais vendido na Alemanha. Em 1982 evoluía em conforto e desempenho: chegavam o acabamento CD e as opções de direção assistida, computador de bordo e controle elétrico dos vidros e retrovisores. Outra novidade era o motor de 1,8 litro com injeção eletrônica Bosch LE-Jetronic, de interessantes 115 cv e 15,7 m.kgf. Dois anos depois, retoques estéticos davam um ar mais atual a toda a linha, que adotava novas designações, como GT em vez de SR na versão esportiva. O volante vinha com regulagem em altura e o interior era renovado.

Nova grade, defletor dianteiro pronunciado, lanternas traseiras estendidas: as mudanças conhecidas por aqui aconteceram lá em 1986

Um ano depois da aplicação de catalisador, para reduzir a emissão de poluentes, chegava em 1986 outra alteração visual, com um suplemento para as lanternas traseiras em algumas versões, defletor dianteiro mais encorpado e outra grade. Novos motores estreavam para 1987: o 1,6 com injeção, de 75 cv e 12,3 m.kgf, e um 2,0 com injeção Bosch Motronic, que desenvolvia 115 cv e 15,3 m.kgf, com catalisador, mas chegava a 130 cv e 18,2 m.kgf sem o equipamento. Este último permitia velocidade máxima de 193 km/h com câmbio manual (188 km/h com o automático) e aceleração de 0 a 100 km/h em menos de nove segundos. E assim foi o Ascona até agosto de 1988, quando o encerramento de sua produção abriu espaço para a primeira geração do Vectra. Continua

Os conversíveis
A Opel nunca produziu uma versão a céu aberto do Ascona, mas isso não impediu que três empresas independentes fizessem essa transformação na Europa, com base na terceira geração.

A Voll, a Hammond & Thiede e a Keinath (foto) trabalhavam da mesma maneira: escolhido o carro original em uma concessionária Opel, com o motor e os opcionais desejados, ele era levado a uma das transformadoras para ter o teto removido e receber as alterações necessárias. Além do ótimo resultado em termos de estilo, o Ascona podia ganhar itens de luxo, como revestimento dos bancos em couro, e acessórios como rodas esportivas e defletor dianteiro.
Na Inglaterra, a Vauxhall fez um carro-conceito (acima) com base no Cavalier da mesma época. Com a precoce retirada do sedã duas-portas do mercado, a marca inglesa aproveitou para transformar as carrocerias remanescentes em conversíveis, que se tornaram objetos de culto entre seus fãs — em especial com os itens aerodinâmicos da Irmscher.

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