No ano seguinte a marca abandonava o importante mercado americano, mas introduzia na Itália o 4.18v, sucessor do 422, com quatro portas e motor 2,0 de 220 cv. Foi um dos primeiros Maseratis com sistema antitravamento de freios (ABS), até então desconsiderado pelos puristas. O 222 recebia a sigla SR e um aspecto da frente semelhante ao do Shamal, com dois faróis circulares e dois retangulares de cada lado — o mesmo padrão seria aplicado a toda a série em pouco tempo. Suas rodas pareciam grandes discos sólidos e a traseira tinha lanternas em tom fumê.

O 2.24v Racing era maior que o Shamal, mas usava a mesma frente de aparência "nervosa", que em algum tempo seria estendida a outros modelos da linha

O nome Ghibli, utilizado na década de 1970 por um cupê esporte (leia história), retornava em 1992 em uma evolução da série Biturbo. O duas-portas de entreeixos intermediário (2,51 metros) lembrava o Shamal pela frente e os pára-lamas, mas tinha uma traseira mais sóbria e amplas janelas laterais traseiras, sem a faixa no teto. Por dentro era um grã-turismo de luxo, com revestimentos em couro e apliques de madeira-de-lei, além de conveniências como ar-condicionado automático e ajuste elétrico dos bancos.

Oferecia os V6 de 2,0 e 2,8 litros com 24 válvulas, que estavam ainda mais potentes: o primeiro atingia 306 cv a 6.250 rpm, e o segundo, 284 cv a 6.000 rpm. Do Shamal emprestava também os amortecedores eletrônicos e o câmbio, com opção por um automático de quatro marchas. Os freios dispunham de ABS. Outra novidade era o 430.4V, indicando a adoção de 24 válvulas — e da suspensão ajustável — do Shamal nesse sedã de quatro portas. O ajuste de amortecedores era aplicado ainda ao 222 SR.

Também com entreeixos intermediário, o Ghibli associou o ar esportivo do Shamal a um interior mais amplo e confortável; esta versão Cup extraía 330 cv do motor de 2,0 litros

A última e mais potente variação da série Biturbo foi o Ghibli Cup, de 1996, época em que apenas este cupê permanecia em produção (ao lado da nova geração do Quattroporte). O motor de 2,0 litros chegava a 330 cv (165 cv/l) e o estilo era inspirado no campeonato monomarca que utilizava o modelo — leia boxe. Dois anos depois o Ghibli saía de produção, substituído pelo 3200 GT, que herdava o motor V8 de 3,2 litros do Shamal. A versão inicial, Biturbo 2,0, foi de longe a mais vendida da série, com cerca de 9.200 unidades, seguida pelo Biturbo 2,5 (6.000), o 420 (2.800) e o 425 (2.050).

Ficha técnica
_ Biturbo 2,0 (1981) Shamal 3,2 (1990) Ghibli 2,8 (1996)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal,
6 em V
longitudinal,
8 em V
longitudinal,
6 em V
Comando e válvulas por cilindro duplo no cabeçote, 3 duplo no cabeçote, 4
Diâmetro e curso 82 x 63 mm 80 x 80 mm 94 x 67 mm
Cilindrada 1.996 cm3 3.217 cm3 2.790 cm3
Taxa de compressão 7,8:1 7,5:1 7,4:1
Potência máxima 185 cv a
6.000 rpm
325 cv a
6.000 rpm
284 cv a
6.000 rpm
Torque máximo 28,7 m.kgf a
3.000 rpm
44,1 m.kgf a
3.000 rpm
42,2 m.kgf a
3.500 rpm
Alimentação carburador injeção multiponto
Superalimentação 2 turbocompressores
CÂMBIO
Marchas e tração 5, traseira 6, traseira
FREIOS
Dianteiros a disco a disco ventilado
Traseiros a disco
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira independente, McPherson
Traseira independente, braço semi-arrastado
RODAS
Pneus dianteiros e traseiros ND 225/45 R 16 Z e
245/45 R 16 Z
ND
DIMENSÕES
Comprimento 4,15 m 4,10 m 4,22 m
Entreeixos 2,51 m 2,40 m 2,51 m
Peso 1.100 kg 1.415 kg 1.395 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 215 km/h 270 km/h 250 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 8,2 s 5 s 5,7 s
ND = não disponível

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