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Em 1971, mudanças discretas no estilo e perda de potência, que parecia ainda maior pela passagem ao padrão de medição líquida

A grade "caixa de ovos" e o defletor traseiro do Camaro 1972: "se você procura algo o mais próximo possível de um Corvette, veio ao catálogo certo"

Na linha 1973 chegava a versão de luxo Type LT, com motor 350, painel completo e acabamento mais nobre: o Camaro buscava um perfil mais sóbrio para compensar a redução de desempenho

O 350 do Z28 (que abandonava o motor 302) trazia ainda tuchos mecânicos, carburador Holley Double Pumper, coletor de alumínio elevado, taxa de compressão de 11:1 e escapamentos dimensionados, algo muito próximo do LT-1 do Corvette do mesmo ano. Desenvolvia 360 cv e o levava de 0 a 96 km/h em seis segundos. Quem quisesse mais torque teria de optar pelo big-block 396, com a potência de 350 ou 375 cv. Junto dele vinham diferencial autobloqueante e carburador de corpo quádruplo Rochester.

O pacote incluía a suspensão enrijecida F-41, caixa Muncie M20 de quatro marchas ou automática Turbo Hydramatic 400 de três (pela primeira vez em um Z/28) e rodas de 15 pol, de cinco raios e tala sete, com pneus Firestone Wide Oval de série 60. Um aerofólio traseiro, o mesmo do "primo" Pontiac Firebird Trans Am, também estava disponível para o Z/28 pelo código COPO 9796, ou seja, um pedido especial. O modelo padrão do Z/28, um simples defletor, podia ser solicitado normalmente.

Pequenas mudanças eram realizadas em 1971: emblemas, luzes de posição, bancos de encosto alto — não mais com apoios de cabeça retráteis —, volante de dois raios. Para desespero dos entusiastas, os Camaros estavam com 10% a menos de potência comparados aos modelos 1970, graças à redução na taxa de compressão dos motores para consumir gasolina sem chumbo. Além disso, a potência passava a ser declarada em valores líquidos e não brutos, o que trazia a impressão de perdas bem maiores. O Z/28, por exemplo, caía de 360 cv brutos para 255 líquidos; o SS 350 estava com 300 cv, e o grande V8 396, com apenas 240.

O modelo 1972 trazia nova grade no estilo "caixa de ovos", portas com bolsos e volante de quatro raios. Foi o último ano do Camaro SS, com o V8 350 ou o 396 (que na verdade estava com 402 pol³, 6,6 litros, graças a pistões maiores). Uma série de fatores limitaram as vendas dos pony-cars naquele ano: a tendência do governo em promover a segurança veicular, pressões de grupos ecológicos para controle de emissões poluentes, apólices de seguros caríssimas e uma recessão que afetou o consumidor destes automóveis. Para agravar a situação, quando uma greve de 174 dias na fábrica de Norwood finalmente terminou, mais de 1.000 Camaros tiveram de voltar à linha de produção por não atender às normas de segurança adotadas para 1973.

Os executivos da GM se reuniram durante 11 horas para definir o futuro do modelo, que felizmente não saiu de linha. No final das contas, a Chevrolet permaneceu mais um ano com os pára-choques tradicionais: em 1973 os engenheiros conseguiram reforçá-los sem alterar demais o desenho, mantendo a "boca de tubarão" de poliuretano. O volante de quatro raios agora era item de série, o console passava a ser revestido em vinil como o do Firebird, a alavanca de câmbio automático do tipo "alça" era aposentada em favor de uma tradicional e o revestimento do teto passava a ser pré-moldado.

O fim do SS marcava o término de uma linha esportiva e o início de uma mais luxuosa: a Type LT. Passavam a ser equipamentos de série o motor V8 350 (com apenas 145 cv), direção assistida progressiva, rodas Rally de 7 x 14 pol, limpadores de pára-brisa retráteis, retrovisores aerodinâmicos e instrumentação completa. Havia opção de combinar as versões Rallye Sport e a Z/28. Permanecia o pára-choque bipartido para o RS, bem como o aerofólio de código D80. Continua

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