Em 1993 chegavam as versões esportivas, das quais a RSi, com motor 1,8 de 110 cv e 0-100 em nove segundos, era apenas o começo

Já em 1991 chegava um motor de 1.171 cm³ e 60 cv, ainda com carburador, de geração mais moderna. Dois anos depois, enquanto o de 1.390 cm³ ganhava injeção, caindo para 73 cv, apareciam os Clios mais picantes. O RSi trazia motor de 1.764 cm³, injeção multiponto, 110 cv e torque de 15,8 m.kgf. Além de andar muito bem — de 0 a 100 km/h em nove segundos, máxima de 190 km/h —, era atraente com as rodas de alumínio de 14 pol, volante e bancos esportivos e vinha com freios a disco nas quatro rodas. Começava ali uma linhagem que se tornaria famosa.

Acima dele vinha o 16S (de soupapes, válvulas em francês), com o mesmo propulsor enriquecido pelo duplo comando e as quatro válvulas por cilindro, para atingir 137 cv e 16,4 m.kgf. Agora a máxima chegava a 208 km/h e o 0-100 era cumprido em apenas 8,3 segundos. Um ressalto sobre a parte direita do capô mostrava que ali embaixo havia algo especial. Mas, caso não fosse o suficiente, em março daquele ano, em Genebra, a Renault aproveitava o fornecimento de motores para a equipe de Fórmula 1 para aplicar a denominação Williams a uma nova versão do Clio. Com 1.998 cm³ e 16 válvulas, desenvolvia 150 cv e 17,9 m.kgf, rendimento que impressiona até hoje.

O ressalto no capô da versão 16S indicava algo especial ali embaixo: o 1,8-litro com 16 válvulas e 137 cv, para alcançar 208 km/h

O desempenho do Williams era excelente para um carro desse porte, com 215 km/h e 0-100 em menos de oito segundos, e — ao contrário do que se poderia esperar — não era fraco em baixa rotação, entregando 90% do torque a 2.500 rpm. Disponível só em cor azul, o pacote estético do Williams era dos mais interessantes: belas rodas douradas Speedline de 7 x 15 pol (pneus 185/55), acabamento interno luxuoso e bancos envolventes, o do motorista com ajustes de altura e apoio lombar, e ambos com o logotipo bordado no encosto. A versão tinha produção planejada de 2.500 unidades no primeiro ano, cada uma com uma plaqueta numerada no painel, mas fez tanto sucesso que logo superou o dobro, estimulando a Renault a renovar a edição até 1996. Não havia opção de sistema antitravamento (ABS) para os freios, que viria só no último ano.

Em 1994 toda a linha Clio recebia mudanças visuais: grade dianteira em uma só peça, lanternas traseiras mais arredondadas, retrovisores maiores, painel renovado. Dentro das portas havia barras de proteção em impactos e, para o Williams, surgia a opção de teto solar com comando elétrico. Em oposição ao tempero desse esportivo, a versão Baccara oferecia requinte: interior luxuoso com revestimento em couro, belas rodas de alumínio de 14 pol, câmbio automático, motor de 1,8 litro e 95 cv.
Continua

O Williams começou como edição limitada, mas durou três anos: com 150 cv no motor 2,0-litros e máxima de 215 km/h, era o máximo que se podia ter no primeiro Clio
Para ler
Renault Clio and Clio V6 – por Colin Pitt, editora Unique Motor Books. Lançado em 2003, o livro em inglês reproduz artigos de revistas sobre o Clio, como apresentações, testes e comparativos. Não poderia faltar a versão de seis cilindros.
Renault Clio V6 Story – por P. Gaston e C. Viala. Dedicada ao modelo de motor central, a obra conta todo seu desenvolvimento e analisa os detalhes técnicos, com riqueza de fotos e 142 páginas em inglês.

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