
Eis um nome que impõe respeito: Lancer Evolution. Nascido em 1992
com o Campeonato Mundial de Rali (WRC) como meta, ele estreou em
1993 (acima). Hoje chamado carinhosamente de Evo, substituía o
Galant VR-4. Para a homologação, 5.000 unidades de rua (abaixo)
foram produzidas, nas versões RS e GSR.

O motor de 2,0 litros,
duplo comando e 16 válvulas, com potência de 247 cv e torque de 31
m.kgf, era uma evolução do usado pelo EX 2000. Suas melhores
colocações naquele ano foram o 2º lugar na Indonésia (do
Campeonato de Rali Ásia-Pacífico, APRC), no Rali RAC (WRC) e no
campeonato de construtores da APRC, além do rali Safári de 1994.

Melhorias no projeto
originaram o Lancer Evolution II (acima): aerofólio traseiro maior
e mais anguloso, motor 10 cv mais potente, maior estabilidade. A
estréia foi no Rali Acrópole do WRC, já em 2º lugar, mas o foco da
Mitsubishi era o APRC. Após ganhar na Indonésia e Tailândia em
1994 por este campeonato, veio a vitória — de dobradinha — em 1995
na etapa sueca do WRC. Com a rápida evolução, já no Rali da
Indonésia (APRC) de 1995 era apresentado o Evolution III (abaixo a
versão de rua).

Uma seqüência de quatro
vitórias, da Malásia à Tailândia, fez a Mitsubishi ganhar aquele
campeonato — o de pilotos e o de construtores. Seu motor produzia
266 cv. Outras vitórias viriam. No WRC ele só precisou de três
corridas para se tornar campeão na Austrália (também uma etapa do
APRC), o que havia levado um ano para o Evo II.

O Evolution IV (axima)
surgia no Rali de Monte Carlo de 1997, com 276 cv e 36 m.kgf. Com
a nova classe de carros WRC (World Rally Car), outros fabricantes
puderam modificar bastante seus automóveis. No Grupo A, o
finlandês
Tommi Makinen conquistou seu segundo título consecutivo no WRC. |
Entre as vitórias estavam as provas de Portugal, Catalunha,
Argentina e Finlândia, em 1997, e a etapa sueca e o Safári no ano
seguinte.

Graças ao Lancer Evolution
V (acima o de rua), em 1998 a Mitsubishi ganhou o campeonato de
construtores do WRC. A primeira vitória veio na Argentina; depois
disso, Makinen conquistou em casa a marca de cinco troféus
consecutivos. Das 13 provas, sete foram ganhas pelo Lancer.
Makinen também levou o tricampeonato com sua terceira vitória
consecutiva, um feito inédito de grande repercussão.

Sozinho no Grupo A em
1999, o Evolution VI ganhou na estréia em Monte Carlo. Makinen
ainda quebrou o próprio recorde: foi campeão pela quarta vez
consecutiva. Como homenagem, surgiu o Lancer Evolution VI Tommi
Makinen Edition (acima), com suspensão dianteira e aerodinâmica
retrabalhadas.

Em 2001, o Lancer
participou no Grupo A do WRC pela última vez. Vitórias em Monte
Carlo, Portugal e Safári encerraram um total de 25 provas, desde
1993, ganhas por esse modelo. O Evo VII (acima) trazia a
plataforma do Mitsubishi Cedia e motor de 280 cv. Após a ausência
da Mitsubishi em 2003, no ano seguinte chegava o Evo VIII
(abaixo), com pequenas revisões. Mas desde o VII o fabricante não
conquistou nem de perto as glórias da época do Grupo A.

De certa forma, ela nem
precisa ainda. As qualidades competitivas provadas nos anos 90,
com os quatro títulos em seqüência, fazem do Lancer Evolution uma
instituição que ainda ecoará suas conquistas por um bom tempo. Com
a Mitsubishi focando o modelo para o mercado mais que as pistas, a
versão Evo IX (abaixo) já está no mercado e tem como grande
novidade uma versão perua. Considerando a proposta modesta do
Lancer básico, não seria demais trocar o nome dessa versão para
Revolution.
 |