Para isso o engenheiro
"descolou" a caixa de cinco marchas, que ficava junto ao bloco do
motor, e a instalou entre os bancos, deixando apenas o diferencial
abaixo do bloco e ao lado do cárter. O diferencial recebia movimento
por um pequeno cardã, que saía para trás a partir de uma pequena caixa
do tipo transferência, comum nos carros de tração integral. Uma solução
engenhosa, que chegaria a outro modelo, o Diablo.
Assim os engenheiros conseguiram uma boa distribuição de peso (44% à
frente e 56% atrás), além de corresponder às exigências do projeto.
Como havia recebido um motor de 5,0 litros em posição longitudinal,
atrás do habitáculo, o esportivo era denominado Lamborghini Countach
LP 5000, que significava longitudinale posteriore e a cilindrada
de quase 5.000 cm³. Outras adaptações foram feitas para se adequar à
estrutura desenhada por Gandini, como o deslocamento dos radiadores
para as laterais e montagem dos seis carburadores – Weber 45 DCOE
96/97, duplos – em posição horizontal, ao lado do cabeçote. Tudo isso
porque a tampa do motor ficava em um posição bastante baixa em relação
às laterais, "achatando" o motor.
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