O seis-cilindros Sprint 230 era substituído pelo Sprint 250 (4,1 litros), com um acréscimo de 10 cv. O V8 326 dava lugar ao 350 (de 5,7 litros, mas diferente do 350 da Chevrolet), 15 cv mais potente na versão básica, com carburador de corpo duplo, e gerando saudáveis 320 cv com o quadrijet.

A nova frente de 1969 deixava os faróis de fora da grade e os envolvia com uma moldura de poliuretano, chamada de Endura

O último ano da primeira geração, 1969, trazia mudanças significativas: a dianteira era redesenhada e os quatro faróis agora estavam isolados da grade, cercados por uma moldura de poliuretano chamada de Endura. A grade mais pronunciada antecipava o estilo que seria visto no GTO em 1970. Os pára-lamas dianteiros eram exclusivos do Firebird, dotados de um vinco que terminava na porta, esta também diferente da usada no Camaro. A traseira e o interior mudavam pouco. Mas as modificações acabaram dando um ar mais "pesado" ao Firebird e não agradaram a muitos consumidores, provocando uma ligeira queda nas vendas.

O Ram Air 400 agora se chamava Ram Air IV, com pequeno acréscimo de potência. A versão H.O. substituía a Ram Air e a Ram Air II, também com ligeiro aumento de desempenho. Em março de 1969 era colocada no mercado uma versão pouco divulgada, mas que se tornaria histórica: a Trans Am Performance and Appearance Package (pacote de aparência e desempenho Trans Am), similar em estilo aos Firebirds que competiam na categoria de mesmo nome (leia boxe abaixo).

O pacote Trans Am pouco representava em desempenho, mas reunia itens estéticos que agradaram em cheio; na foto, o modelo 1969 e o 1999 (ao fundo)

A entidade recebia US$ 5 para cada Firebird vendido com esse pacote de opcionais. O conjunto custava US$ 725 e equipou apenas 689 cupês e oito conversíveis. Apesar da baixa procura no primeiro ano, foi o suficiente para criar o mito do Firebird Trans Am, que ao lado do Chevrolet Corvette se tornou o único carro americano de alto desempenho em linha de produção contínua, sem interrupções. Todos foram produzidos na cor branca com faixas azuis. Além das entradas de ar funcionais (que podiam ser fechadas pelo motorista), havia saídas de ar nos pára-lamas e um aerofólio traseiro.

Contudo, ele não utilizava o mesmo motor V8 de 303 pol³ (5,0 litros) do carro de competição (cuja cilindrada era limitada a 5.000 cm³ pelo regulamento), e sim o V8 400 da versão H.O., equipado com Ram Air III, sendo opcional o Ram Air IV. O desempenho não era superior ao dos Firebirds comuns, mas os elementos de estilo tornaram-se muito desejados pelos entusiastas da época.
Continua

Nas pistas
O nome Trans Am, que se tornou famoso nesta linha da Pontiac a ponto de talvez ser mais conhecido que Firebird, surgiu de uma categoria de competições iniciada em março de 1966. Criada pelo SCCA (Sports Car Club of America, clube de carros esporte da América), o Trans-American Sedan Championship, ou campeonato transamericano de sedãs, era derivado da categoria Produção A e colocava em disputa carros acessíveis ao público como Ford Mustang, Chevrolet Camaro, Plymouth Barracuda, AMC Javelin, Dodge Challenger e, claro, o Pontiac Firebird (ao lado, o esboço de um projeto para a versão de competição).

Havia duas categorias: uma limitada a 2,0 litros de cilindrada, com presença sobretudo de carros europeus, outra a 5,0 litros, na qual entravam os americanos. Em 1969 a primeira classe era abolida. Com três títulos conquistados entre 1967 e 1971, Mark Donohue foi o principal piloto nos primeiros anos da categoria. Mas ela existe até hoje e conta com carros esporte como Jaguar XKR-R e Panoz Esperante.

FS

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade