Para 1938 o regulamento do campeonato definia que a cilindrada dos
motores não poderia ultrapassar os 3,0 litros, para carros
sobrealimentados, e 4,5 litros para os de
aspiração natural. Além disso, todos deveriam ter 12 cilindros em "V"
com as bancadas a 60° e quatro válvulas por cilindro. Com as novas
regras, os fabricantes passaram a desenvolver outros propulsores, além
de chassis e carrocerias. Como Ferdinand Porsche havia deixado a Auto Union, o novo carro da marca foi desenvolvido por Robert Eberan von
Eberhorst. Rosemeyer havia morrido em um acidente — após atingir 430
km/h em uma auto-estrada alemã, pilotando um protótipo da Auto Union — e
deu lugar ao sagaz Tazio Novulari.
Assim, Eberhorst passou a trabalhar
no chamado Type D, que era basicamente uma evolução do C.
Sua carroceria sofreu severas alterações, para deixá-lo ainda mais
aerodinâmico. A traseira ganhou aletas horizontais, que se fundiam com
os tanques laterais, para gerar
sustentação negativa e melhorar estabilidade. O motor teve sua
potência reduzida, em comparação ao V16, mas mesmo assim era capaz de
entregar 420 cv a 7.000 rpm. A suspensão traseira foi substituída por um
conjunto De Dion e, ao final, o carro
ganhou um visual imponente e limpo. Nuvolari venceu apenas os GPs da
Itália e de Donington, mas Stuck trouxe mais um título para a Auto Union
nas subidas de montanha. Em 1939 as vitórias foram poucas: de Tazio na
Iugoslávia e de Hermann P. Müller na França. Com o início da guerra, o
campeonato europeu foi encerrado e não houve campeão, embora a federação
alemã tenha atribuído o título por conta própria a Hermann Lang, da
Mercedes.
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