
O primeiro renascimento: nem uma
edição especial Frank Sinatra salvou o Imperial 1981-1983 do fracasso


O modelo de 1990 a 1993:
quatro portas, motor V6 e tração dianteira não convenceram, apesar do
interior luxuoso e bem-equipado, com painel digital |
Em
1982 houve a edição limitada Frank Sinatra, com pintura especial em
azul, acabamento interno em tecido ou couro também azul e sistema de
áudio sofisticado. Trazia 16 fitas-cassete com os maiores sucessos do
cantor americano, amigo pessoal de Iacocca. Curiosamente, essa geração
representou a Chrysler por algum tempo nas competições da Nascar, a
Stock Car americana, pois sua frente era mais aerodinâmica que as do
Cordoba e do Mirada.
Apesar da alta qualidade e da satisfação dos compradores, a produção durou pouco, até 1983. Entre os fatores do
insucesso estavam a presença de modelos mais baratos, mas com
idêntica mecânica, nos mesmos saguões de concessionária e a problemática
injeção, que levou muitos proprietários à substituição pelos
carburadores, em
uma reprise do ocorrido
em 1958 com o pioneiro sistema Bendix Electrojector.
Mas o maior obstáculo pode ter sido a imagem do nome Imperial ser
associada a seu desaparecimento em 1975: nessa classe de mercado, o
carro tem de ser um símbolo de sucesso, não de fracasso.
De qualquer modo, mais uma tentativa foi feita. Em 1990 o nome renascia
em um sedã de quatro portas com a plataforma K, do Chrysler New Yorker e
do Dodge Dynasty, e tração dianteira. Agora os motores eram os V6 de 3,3
e 3,8 litros (este com 150 cv), usados em vários carros e minivans da
empresa. Como em outros tempos, o interior sofisticado era seu maior
atrativo: oferecia painel digital e sistema de áudio Infinity com
disqueteira e 10 alto-falantes. No entanto, mais uma vez a proposta fez
pouco sucesso e em 1993 era descontinuada. Treze anos depois, o
conceito Imperial do Salão de Detroit
parece destinado a trazer de volta a aura de requinte de outros tempos.
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