Um Ford com sotaque caribenho

Com muitas versões e alguns potentes motores V8, o
Montego foi um dos modelos mais marcantes da Mercury

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, em 1939, era criada pela Ford americana uma marca para se situar entre seus modelos básicos e aqueles da luxuosa Lincoln. A Mercury, cujo símbolo na época era o deus Mercúrio, veio concorrer com modelos da grande rival General Motors, das divisões Buick, Pontiac e Oldsmobile. O primeiro modelo tinha um motor V8 de 3,9 litros de cilindrada e 95 cv brutos. Chegava a uma velocidade final de 144 km/h. E fez sucesso.

Em 1950, a empresa já atingia a marca de um milhão de veículos produzidos. Pouco depois, em 1954, era lançado o modelo Montego. O nome fazia homenagem a uma bela praia da Jamaica, no mar do Caribe, mas foi descontinuado pouco depois. Na década de 1960, a linha de base da Mercury era composta pelos modelos Comet. Mas em 1968, aproveitando a base do Ford Torino, aparecia um novo Mercury Montego, superior ao Comet.

  Um anúncio da Mercury em 1954: nesse ano foi lançado o primeiro Montego, de vida curta; o nome ressurgiria 14 anos depois

Não eram poucas as versões de carroceria. Difícil não agradar. Havia a MX cupê conversível, hardtop cupê, MX hardtop cupê, fastback, sedã de quatro portas, MX sedã e MX Wagon (perua) de cinco portas. Seu estilo era inspirado no esportivo Cougar e nos grandes Park Lane e Marquis de segmentos superiores. Era um modelo intermediário no que se refere a tamanho e preço. Seria vendido pelos concessionários Lincoln-Mercury.

Tinha linhas laterais levemente curvas. Na frente o grupo ótico se destacava, com quatro faróis circulares, e a grade era cromada, com frisos horizontais e um ressalto discreto avançado destacando o bico, presente em todos os carros da linha. A visibilidade era muito boa, com exceção do modelo fastback, que tinha colunas traseiras bem grandes. O cupê sem colunas existia tanto na versão três-volumes quanto na fastback. No conversível a capota de lona podia ser preta ou branca, combinando com o restante da carroceria.

O Montego de 1968: desenho elegante e com certa esportividade no modelo intermediário da divisão Mercury da Ford

O pacote de opcionais externos era imenso. Para todos havia rodas com calotas simples, calotas em disco (semelhantes às de nosso primeiro Galaxie) ou esportivas cromadas, muito na moda. Para a perua havia bagageiro e decoração lateral imitando madeira. Por dentro, muito espaço em todas as versões. Viajavam confortavelmente seis pessoas a bordo. O painel contava com cinco mostradores circulares e, dependendo da versão, acabamento com imitação de madeira. O volante de tamanho adequado tinha três raios. A alavanca, se o câmbio fosse de três marchas, vinha na coluna de direção. O freio de estacionamento era acionado por um pequeno pedal. Continua

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Data de publicação: 11/6/05

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