Última plástica   Saturado de anexos aerodinâmicos, o Spider precisava de uma cirurgia plástica para tentar recuperar a leveza e a harmonia de linhas do modelo original. Esse processo foi efetuado em 1990, com a adoção de novas lanternas traseiras, retrovisores e pára-choques na cor da carroceria, sem defletor no dianteiro, além da remoção do defletor traseiro e da integração das saias laterais à carroceria. Pininfarina foi responsável por atualizar seu clássico de 1967.

Limpeza bem-vinda: o Spider de 1990 ganhava pára-choques mais integrados a seu estilo e perdia o excesso de defletores

Embora bem-sucedida em seu objetivo de descartar os excessos, a reforma não conseguia o que já parecia impossível: tornar o veterano Spider outra vez atraente, 24 anos depois do lançamento do Duetto. Acompanhavam-na novos bancos, com opção de revestimento em couro bege, e ambas as versões (de 1,6 e 2,0 litros, este com apenas 120 cv a 5.800 rpm) vinham com direção assistida de série. Dois anos depois surgia a inédita opção de câmbio automático. Pena que o carro estivesse cada vez mais pesado, já superando 1.100 kg.

O Alfa recuperava parte de seu antigo charme, é verdade, mas isso era pouco para assegurar seu êxito. Nos EUA o Miata vendia como pão quente e o Spider, ao lado dele, parecia ser seu avô. Mais que o desenho antiquado, o modelo italiano evidenciava as limitações de um chassi com mais de duas décadas de projeto, suspensões que pouco haviam evoluído e rigidez insuficiente. Não havia saudosismo que sustentasse seu espaço no mercado. Em 1992 a produção da versão 1600 era encerrada, restando a 2000 por mais algum tempo.

Novas lanternas traseiras contribuíam para revigorar seu estilo, mas os vícios da mecânica ultrapassada contiveram seu sucesso: em quatro anos saía de produção

Depois de 28 anos e quase 124 mil unidades (a maioria, 88 mil, com o motor de 2,0 litros), em 1994 o Spider enfim passava à história, ao mesmo tempo em que a marca se retirava do mercado americano. No ano seguinte a Alfa Romeo introduzia seu sucessor, um moderno conversível com estilo ousado, opção de motor V6 de 3,0 litros e tração dianteira – esta uma perda inaceitável para os "alfistas" mais ortodoxos, que não abdicam de rodas motrizes atrás.

Para esses, o clássico Spider deixou uma lacuna não preenchida até hoje.

Ficha técnica
_ 1600 Spider (1967) 1750 Spider Veloce (1969)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 4 em linha
Comando e válvulas por cilindro duplo no cabeçote, 2
Diâmetro e curso 78 x 82 mm 80 x 88,5 mm
Cilindrada 1.570 cm3 1.779 cm3
Taxa de compressão 9:1
Potência máxima 109 cv a 6.000 rpm 118 cv a 5.300 rpm
Torque máximo 14,5 m.kgf a 4.000 rpm 19 m.kgf a 3.000 rpm
Alimentação 2 carburadores de corpo duplo
CÂMBIO
Marchas e tração 4 / traseira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido
DIMENSÕES
Comprimento 4,25 m
Entreeixos 2,25 m
Peso 995 kg 1.040 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 180 km/h 190 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,5 s 10 s

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