O fim da carreira   A quarta e última geração desse Oldsmobile era lançada em 1986, com estrutura monobloco — compartilhada, mais uma vez, com Riviera e Eldorado. Menor, com 4,76 m e entreeixos de 2,74 m, era ainda assim um carro amplo. As linhas mais arredondadas estavam de acordo com as tendências da década e, pela primeira vez na marca desde 1969, voltavam os faróis retráteis. Sob o capô, porém, nada de V8: apenas o V6 3,8 da Buick, com 150 cv e 27,6 m.kgf, para um desempenho mediano, apesar do câmbio automático de quatro marchas com controle eletrônico.

Menor que os antecessores e apenas com motor V6, o Toronado de quarta geração trazia de volta os faróis retráteis

As vendas reagiram mal, com queda de 62% em relação a 1985. Uma tentativa de associá-lo à esportividade era feita em 1987 com a série Trofeo, dotada de bancos individuais com revestimento em couro, suspensão mais firme, duas saídas de escapamento e detalhes de estilo. No ano seguinte o motor ganhava árvores de balanceamento, para menores vibrações, e mais 15 cv. Depois de perder os logotipos Toronado, em 1989 essa versão adotava freios com sistema antitravamento (ABS) e o Centro Visual de Informações, um monitor no painel onde se controlavam, pelo toque na tela, funções como climatização, sistema de áudio e computador de bordo.

O recurso não foi suficiente para reerguer as vendas em declínio do cupê. Em 1990 ocorria uma ampla reestilização, que o deixava cerca de 30 centímetros mais comprido, sem que a aceitação do mercado crescesse da mesma forma. A potência crescia para 170 cv e o torque para 30,4 m.kgf, com a chegada da injeção eletrônica, e o painel básico voltava a ter instrumentos analógicos, sendo os digitais um opcional. Também não ajudaram em sua aceitação o aumento do porta-malas e a oferta de bolsa inflável para o motorista — desta vez um item bem aceito pelos americanos. Nem a adoção, no ano seguinte, de destravamento de portas por controle remoto, telefone celular com sistema viva-voz e câmbio automático de quatro marchas com controle eletrônico.

A reestilização de 1990 adicionava 30 cm ao comprimento e o motor ganhava injeção, mas a baixa aceitação levou ao fim desse Oldsmobile dois anos mais tarde

Em 1992 o Toronado saía de produção, deixando à história uma interessante contribuição do ponto de vista técnico. Hoje, com raras exceções, a tração dianteira domina a oferta de carros americanos até entre os maiores modelos.

Ficha técnica
_ Toronado 1966 Toronado 1972 Toronado 1987
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 8 em V longit., 6 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 104,8 x 101 mm 104,8 x 108 mm 96,5 x 86,4 mm
Cilindrada 6.967 cm3 7.455 cm3 3,791 cm3
Taxa de compressão 10,5:1 8,5:1 8:1
Potência máxima 385 cv brutos
a 4.800 rpm
255 cv a
4.200 rpm
150 cv a
4.000 rpm
Torque máximo 65,7 m.kgf brutos
a 3.200 rpm
51,8 m.kgf a
2.800 rpm
27,6 m.kgf a
2.000 rpm
Alimentação carburador de corpo quádruplo carb. corpo duplo
CÂMBIO
Marchas e tração automático, 3, dianteira aut., 4, dianteira
FREIOS
Dianteiros a tambor a disco a disco ventilado
Traseiros a tambor a disco
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido indep., braço
semi-arrastado
RODAS
Pneus 8,85-15 ND
DIMENSÕES
Comprimento 5,36 m 5,61 m 4,76 m
Entreeixos 3,02 m 3,10 m 2,74 m
Peso 2.120 kg 2.080 kg 1.525 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 215 km/h 210 km/h 180 km/h
Aceleração de 0 a 96 km/h 7,5 s ND 11,0 s
ND = não disponível

Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade