A série VG, de 1970, era mais uma plástica sobre a carroceria lançada na VE, com a peculiaridade dos faróis retangulares. A maior novidade era o motor Hemi de seis cilindros e fabricação local, que, apesar do nome, não tinha câmaras de combustão exatamente hemisféricas — correspondiam na verdade a cerca de 30% de um globo. Mesmo com maior cilindrada, 245 pol³ (4,0 litros), pesava 18 kg menos que o Slant Six 225. Oferecia três versões: com carburador de corpo simples (165 cv), de corpo duplo (185 cv) e outra otimizada para 195 cv. Cada uma era identificada pela cor do bloco e da tampa de válvulas, com a chamativa combinação de laranja e amarelo no caso da mais potente. |
O conversível da série VG mostra os faróis retangulares adotado nesse modelo, assim como o motor Hemi de seis cilindros e 4,0 litros no lugar do Slant Six |
O
esportivo Pacer, agora oferecido também como cupê, vinha com faixas
laterais e na traseira, adesivos Hemi 245 nas colunas
posteriores e a opção do pacote Sports Appearance, que adicionava um
aerofólio e a pintura em preto no capô. Podia usar os motores de 185 e
195 cv (versões básica e E31, na ordem) e também uma preparada com
carburador de corpo quádruplo, comando de válvulas mais "bravo" e 235
cv, identificada como E34. Contudo, mantinha o câmbio manual de apenas
três marchas, pois não havia uma caixa nacional de quatro velocidades
e a política da Chrysler era a de não importar esse tipo de conjunto. |
O Valiant
Charger, exclusivo dos australianos, era bem mais curto e leve que o
sedã |
A estréia do Charger
Apesar da opção do Pacer, a Chrysler não estava satisfeita com sua linha
esportiva. Em novembro de 1969 o diretor David Brown e o engenheiro
chefe Walt MacPherson reuniam-se com o pessoal de planejamento de
produto da matriz americana e questionavam: "Não está faltando alguma
coisa? Não estamos ignorando o segmento jovem do mercado?" A preocupação
justificava-se: muitos potenciais clientes do Valiant de menor faixa
etária recorriam a outras marcas quando buscavam cupês esportivos e
rápidos. |
A frente era a mesma do Valiant, mas o cupê Charger conseguia um estilo bem mais imponente; esta versão R/T E38 usava três carburadores Weber de corpo duplo |
Em 1971 chegava ao mercado o Valiant Charger — combinação de nomes única
no mundo, já que nos EUA o Charger
era um modelo independente, distinto do australiano. A frente era a
mesma do novo Valiant da série VH, com um recesso para a grade e os
faróis, mas em relação ao sedã ele tinha entreeixos 15 cm mais curto,
comprimento 33 cm menor e peso aliviado em 130 kg. O Australian
Motoring News considerou-o "o carro mais bonito que a Chrysler já
fez e, provavelmente, o mais atraente já produzido por um fabricante
australiano". De fato, seu estilo impressionava muito bem. |
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