No mesmo ano, uma empresa holandesa passava a modificar o CX de modo a cumprir a legislação americana, o que lhe permitia exportar para os Estados Unidos sem intervenção (e o logotipo) da Citroën. A marca estava ausente daquele mercado desde 1974. Os carros eram chamados CX Auto e tinham acabamento de alto luxo, com opção por limusines de mais de seis metros. Também interessante era a série especial Concorde, com apenas 12 unidades — cinco para a Air France, cinco para clientes e duas para a Citroën. Com base na versão GTI Turbo da segunda série, recebia revestimento interno vermelho com o mesmo padrão do avião supersônico que lhe emprestava o nome.

O CX Auto: adaptado por uma empresa holandesa, o carro passava a atender à legislação dos Estados Unidos, onde era vendido sem participação da Citroën

Em 1987 chegavam os motores turbo com maior desempenho da história do CX, ambos equipados com resfriador de ar. Na versão a gasolina, a potência chegava a 168 cv e o torque a ótimos 30 m.kgf. Fazia de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e sua final era de 223 km/h. A versão Prestige, mais sofisticada, também tinha concorrentes nobres: o inglês Jaguar XJ6, o alemão Audi 200 Turbo e o conterrâneo Renault 25 V6 Turbo. A versão a diesel também se destacava — era a mais rápida da categoria. Passava a ter 120 cv e chegava a 194 km/h, fazendo de 0 a 100 km/h em 11 segundos.

Nesse ano o CX atingia a marca de um milhão de unidades produzidas. Os melhores mercados, excetuando o interno, eram o inglês, o holandês, o alemão e o sueco. Mas a reação da Citroën foi tardia: as vendas estavam em queda havia tempos e, apesar das novidades e evoluções do produto, a concorrência estava à frente, deixando o CX já envelhecido. Em 1989 o ABS vinha de série nas versões GTI Turbo 2 e Prestige Turbo 2. Um ano depois só as peruas, denominadas Evasion, estavam à venda: o XM entrava em cena, substituindo o sedã CX. Com a chegada da perua XM, a linhagem CX encerrava-se em 1991.

Mais de um milhão de CX chegaram às ruas: volume expressivo para um carro luxuoso e de tecnologia avançada, que teve como sucessor o não menos interessante XM

Foi um digno sucessor para o DS, com um total de cerca de 1,04 milhão de exemplares (parte deles feitos aqui perto, no Chile, entre 1978 e 1984). Seu lançamento não causou o mesmo impacto do modelo anterior, mas marcou a história da marca. Como nos carros anteriores a ele e também os posteriores — XM, Xantia, C5, C6 —, a preocupação com a inovação e a aerodinâmica nunca deixaram de existir. Uma marca ímpar no cenário mundial.

Ficha técnica
_ CX 2200
(1976)
CX Prestige
C-Matic (1977)
CX 25 GTI
Turbo (1987)
MOTOR
Posição e cilindros transversal, 4 em linha
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 90 x 85,5 mm 93,5 x 85,5 mm 93 x 92 mm
Cilindrada 2.175 cm3 2.347 cm3 2.500 cm3
Taxa de compressão 9:1 8,8:1 7,8:1
Potência máxima 112 cv a
5.500 rpm
115 cv a
5.500 rpm
168 cv a
5.000 rpm
Torque máximo 17 m.kgf a
3.500 rpm
18,3 m.kgf a
2.750 rpm
30 m.kgf a
3.250 rpm
Alimentação carburador injeção injeção e turbocompressor
CÂMBIO
Marchas e tração 4, dianteira automático, 3,
dianteira
5, dianteira
FREIOS
Dianteiros a disco a disco ventilado
Traseiros a disco
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira independente, braço semi-arrastado
RODAS
Pneus 185-14 (diant.),
175-14 (tras.)
ND 210/55 VR 390
DIMENSÕES
Comprimento 4,65 m 4,92 m 4,61 m
Entreeixos 2,85 m 3,09 m 2,85 m
Peso 1.280 kg 1.490 kg 1.410 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 180 km/h 185 km/h 223 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 10,8 s ND 7,8 s
ND = não disponível

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